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Dólar é “insegurável” como moeda única para trocas internacionais

Com o objetivo de abandonar o dólar, os países do Golfo negociam com China, Rússia, Japão e França um novo formato para pagar os contratos de petróleo a partir de uma cesta de outras divisas.

Para o coordenador da Cátedra e Rede Unesco/ONU de Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (Reggen), Theotônio dos Santos, nem a China, que tem boa parte de suas reservas aplicadas em títulos do Tesouro norte-americano, está empenhada em segurar o dólar como moeda única para trocas internacionais.

"O dólar é ‘insegurável’. A dívida dos EUA no ano que vem será superior ao PIB e a tendência é que atinja o dobro em poucos anos. Enquanto os EUA estão estagnando, a China, em período relativamente curto, seis a sete anos, dobrará o seu PIB por estar crescendo cerca de 10% ao ano. No mesmo período, será inevitável a valorização da moeda num patamar próximo de 60%, o que também irá inflar o PIB do país", comparou.

O coordenador do Reggen salienta que há muito tempo se prepara a idéia do mercado de petróleo com uma moeda alternativa ao dólar. "Já tinha sido adotada pelo Iraque, uma das razões que levaram ao ataque dos EUA, e agora a grande liderança é Hugo Chavez. A tendência inicial é usar o euro, mas como anda debilitado, uma cesta de moedas é a opção. A meu ver a melhor", finaliza.

A informação é do Monitor Mercantil