Grupo Parlamentar ressalta decisão da ONU contra bloqueio a Cuba
A coordenadora do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), diz que o bloqueio econômico à Ilha imposto pelos Estados Unidos não tem razão de existir, sobretudo após o fracasso do neoliberalismo e o nocaute do capitalismo na sua própria matriz, os EUA. Segundo ela, a votação recorde na Assembléia Geral das Nações Unidas pelo fim do embargo, apesar de ser um placar inédito, não se diferencia muito dos resultados anteriores.
Publicado 29/10/2009 18:55
Dos 192 países membros da ONU, 187 foram favoráveis ao fim do bloqueio. Apenas os EUA, Israel e Palau votaram pela manutenção e dois se abstiveram: Marchall e Micronésia.
“Este é exatamente o 18º ano consecutivo que a ONU aprova a medida. Isso significa dizer que, o bloqueio que vigora desde o governo de John Kennedy, na década de 60, endurecido na era Bush, mais do que nunca não tem razão de existir”, disse a deputada em entrevista à imprensa latino-americana.
Para ela, o embargo é condenável e deveria ser imediatamente suspenso. “Não se sustentava numa economia globalizada e nem após o fracasso do neoliberalismo que levou 2/3 da humanidade, segundo a ONU, a viver abaixo da linha da pobreza. O capitalismo foi nocauteado na sua própria matriz, os Estados Unidos”, disse a deputada que coordena um grupo composto por mais de 160 parlamentares, entre senadores e deputados.
Questionada sobre o trabalho do Grupo Parlamentar favorável ao fim do bloqueio, a parlamentar disse que ao longo de 20 anos de existência o grupo tem participado efetivamente não apenas contra o bloqueio norte-americano a Cuba, mas de todas as manifestações em defesa da soberania daquele país. “Seja por meio de pronunciamentos no Congresso Nacional, seja por meio de mensagens de solidariedade dirigidas ao povo cubano e seus representantes legítimos”, diz.
Segundo ela, pelo menos duas vezes o grupo enviou abaixo-assinado ao Congresso norte-americano e ao presidente Barak Obama se posicionando contra o bloqueio e a favor da liberdade dos cinco cubanos, presos injustamente naquele país. Num deles, foram coletadas mais de 270 assinaturas de deputados e senadores.
Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia