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Grupo Parlamentar ressalta decisão da ONU contra bloqueio a Cuba

A coordenadora do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), diz que o bloqueio econômico à Ilha imposto pelos Estados Unidos não tem razão de existir, sobretudo após o fracasso do neoliberalismo e o nocaute do capitalismo na sua própria matriz, os EUA. Segundo ela, a votação recorde na Assembléia Geral das Nações Unidas pelo fim do embargo, apesar de ser um placar inédito, não se diferencia muito dos resultados anteriores.

Dos 192 países membros da ONU, 187 foram favoráveis ao fim do bloqueio. Apenas os EUA, Israel e Palau votaram pela manutenção e dois se abstiveram: Marchall e Micronésia.

“Este é exatamente o 18º ano consecutivo que a ONU aprova a medida. Isso significa dizer que, o bloqueio que vigora desde o governo de John Kennedy, na década de 60, endurecido na era Bush, mais do que nunca não tem razão de existir”, disse a deputada em entrevista à imprensa latino-americana.

Para ela, o embargo é condenável e deveria ser imediatamente suspenso. “Não se sustentava numa economia globalizada e nem após o fracasso do neoliberalismo que levou 2/3 da humanidade, segundo a ONU, a viver abaixo da linha da pobreza. O capitalismo foi nocauteado na sua própria matriz, os Estados Unidos”, disse a deputada que coordena um grupo composto por mais de 160 parlamentares, entre senadores e deputados.

Questionada sobre o trabalho do Grupo Parlamentar favorável ao fim do bloqueio, a parlamentar disse que ao longo de 20 anos de existência o grupo tem participado efetivamente não apenas contra o bloqueio norte-americano a Cuba, mas de todas as manifestações em defesa da soberania daquele país. “Seja por meio de pronunciamentos no Congresso Nacional, seja por meio de mensagens de solidariedade dirigidas ao povo cubano e seus representantes legítimos”, diz.

Segundo ela, pelo menos duas vezes o grupo enviou abaixo-assinado ao Congresso norte-americano e ao presidente Barak Obama se posicionando contra o bloqueio e a favor da liberdade dos cinco cubanos, presos injustamente naquele país. Num deles, foram coletadas mais de 270 assinaturas de deputados e senadores.

Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia