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Mais de 102 mil comunistas participaram de processo congressual

Em documento publicado na íntegra a seguir, o Comitê Central faz um balanço sobre a mobilização feita ao longo do processo congressual. Ao todo, 102.332 membros do partido foram mobilizados, resultando na escolha de 1.076 delegados que os representarão na plenária fina, dias 5 a 8 de novembro, em São Paulo. Acompanhe a íntegra do documento.

Um olhar sobre a mobilização congressual

(baixar a íntegra, com tabela)

A mobilização do 12º Congresso incluiu:

Plenárias de quadros, que atingiram 4.000 centralizadamente nas capitais, fora os desdobramentos pelo interior dos Estados.

Foram realizadas mesas de diálogo para qualificar o debate com setores da sociedade, iniciado com o Seminário Desvendar o Brasil com 500 quadros, seguido de atividades setoriais e mesas com diversos segmentos (ciência, cultura, tecnologia, economia etc.). Foi constituído um coletivo nacional de cultura.

Assembléias de base – alcançaram 1900 computadas nas capitais e maiores municípios, não computadas as plenárias de base feitas antes das conferências municipais.

As Conferências municipais alcançaram cerca de 1700 municípios, indicando progressão na interiorização do partido.

As Conferências estaduais foram o ponto alto do processo. Foram em geral as maiores conferências já realizadas pelo partido. Mobilizaram em suas sessões mais de 10 mil participantes.

Destaque de mobilização para SP e BA, e também RJ, PE, AM, AC, MA, PA, SE e DF merecem menção honrosa pelo esforço realizado.

O processo de mobilização militante foi predominantemente na forma de plenárias de militantes e filiados. Nos municípios menores ou de comitês constituídos recentemente, essa foi a forma exclusiva, precedida de debates prévios às conferências municipais com bases comunitárias, trabalhadores e jovens, além de segmentos. Nos grandes municípios e capitais, foram cerca de 1900 organismos de base, sem entretanto computar as plenárias variadas realizadas como canal de debate das teses.

Ressalta que a mobilização foi feita em meio a inúmeros esforços partidários. No período, ocorre o Congresso da UNE e CTB. Tratou-se, ainda, de perseguir filiações políticas até o prazo de 3 de outubro com vistas às eleições de 2010. Por fim, esteve permanentemente em pauta a construção do projeto eleitoral 2010. O tempo para a mobilização foi estrito, e além das teses nacionais, teve que se enfocar temas estaduais e eleição de direções e um milhar de delegados. Tratou-se de carga elevada de atividades concentrada em pouco tempo.

Ao que parece, o partido amadureceu, em cada estado, no modo de se envolver em diversas atividades. Os processos regimentais de conferências e eleições se consolidou mais, embora não em toda a extensão partidária. Nesta transição, o esforço mobilizador para o Congresso ficou menos exclusivo do que tradicionalmente, sem ter deixado de ser prioridade. Acresce a isso a exigüidade de recursos com que se debate a maioria dos Estados, dificultando um trabalho mais amplo de mobilização.

Chegamos a 202 mil cadastros no Rede Vermelha (entre os mais de 240 mil registrados no TSE), o que é um grande êxito ordenador do partido. Foram mobilizados mais de 102 mil participantes nas variadas atividades congressuais. Foram 70 mil mobilizados e 1300 conferencias em 2005, no 11º Congresso; 90 mil em 2007, em época de mobilização eleitoral municipal. Um crescimento, portanto, da ordem de 50% desde o último Congresso, maior do que qualquer outro verificado em congressos anteriores.

Foram recebidas quase 160 emendas das Conferências Estaduais e publicados 180 temas na Tribuna de Debates.

O PCdoB mostra-se um Partido mais atuante, mais enraizado e influente politicamente, mais ordenado em sua forma de mobilização congressual, mais amadurecido no modo como se conduz a vida interna. Como se argumentou há tempos no trabalho de organização, a maior extensão das fileiras faz com que a luta por uma base militante mais estável e organizada seja uma exigência redobrada, ao lado de sua formação política e ideológica.

Foram eleitos 1.297 dirigentes nos Comitês estaduais, dos quais 30% mulheres. A legitimação dessas direções fica sujeita ao controle da institucionalidade estatutária.

Houve pouca polêmica sobre os temas congressuais. Ao lado de unidade com os rumos adotados, é todavia baixa penetração das ideias complexas dos temas em debate, em parte devido à extensividade alcançada pelo Partido.

Uma lição sobre a qual refletir é que os Congressos deveriam ter pauta exclusiva nacional, não necessariamente coincidindo com Conferências estaduais (estas talvez devessem ser realizadas depois dos Congressos), e o período não deveria coincidir com o prazo de filiação eleitoral visando as eleições, o que sobrecarrega a pauta das direções.

Para acessar a íntegra com a tabela de mobilização, clique aqui.

Atualizada dia 30/10, às 12h