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EUA: recuperação sem emprego não é recuepração

Após quase dois anos em recessão, os Estados Unidos, enfim, voltaram a crescer no terceiro trimestre: 3,5%, em números anualizados. Foi o primeiro avanço trimestral do produto interno bruto (PIB) desde o segundo trimestre de 2008.

O Escritório Nacional de Pesquisa Econômica (Nber, na sigla em inglês), responsável oficial por decretar o início e o fim das recessões, porém, ainda vai avaliar quando a queda da economia acabou. "Alguns economistas podem dizer que a recessão acabou, mas a maioria das famílias norte-americanas discordaria. Uma recuperação sem empregos não é recuperação", criticou o deputado republicano Kevin Brady, em comunicado publicado pelo Comitê Econômico Conjunto do Congresso (JEC, na sigla em inglês), do qual ele é um dos integrantes.

O parlamentar destacou que, desde a aprovação do pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões pelo Congresso e a sanção pelo presidente Barack Obama, em fevereiro, o país já perdeu 2,7 milhões de empregos. E acrescentou que a taxa de desemprego já alcança em 9,8%, a maior desde junho de 1983, contrariando as promessas do governo. Além disso, 49 dos 50 Estados do país amargam aumento do desemprego.

Brady definiu o pacote econômico como "muito lento, muito esbanjador e muito pouco focado em empregos": "Na verdade, podemos estar diante de uma "recuperação sem empregos", como disse recentemente o economista Lee Ohanian, da Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles)." Já o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, disse que o governo deve retirar a garantia de bancar as perdas dos "bancões" em caso de falência. Isso será feito com a criação de um sistema para desmantelá-las.

Com agências