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Para arrepiar quem pede cortes de gastos públicos

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou em seu relatório semestral que os países do Grupo dos 20 (G-20) apresentarão déficit fiscal médio equivalente a 7,9% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. Em 2010, esse déficit deve recuar para 6,9% do PIB.

O órgão também estima que a dívida contraída pelas economias avançadas do G-20 será equivalente a 118% do PIB, em 2014. Além disso, se as dívidas desses países permanecerem nos níveis pós-crise, prevê que os juro podem crescer até dois pontos percentuais em comparação ao patamar atual, de acordo com o FMI.

O relatório do órgão tem como objetivo avaliar a situação das finanças públicas mundiais. O documento prevê que a tendência fiscal para as economias avançadas é mais fraca do que o originalmente estimado.

Nos países emergentes, porém, os déficits aparentam ser menores do que as estimativas preliminares. “Muitas economias avançadas entraram na crise com posições fiscais estruturalmente fracas que se deterioraram ainda mais posteriormente, não apenas pelas medidas contra a crise, mas também por pressões de gastos subjacentes”, segundo o relatório.

Apesar disso, diz o diretor de Assuntos Fiscais do FMI, Carlo Cottarelli, “este não é o momento para apertar a política fiscal, mas o momento para pensar em como ajustar a política fiscal no futuro”. O FMI defende que o aumento dos gastos públicos dará suporte à atividade econômica até 2010, mas recomendou aos países que articulem estratégias de saída para esta política desde já.

A informação é do Monitor Mercatil