Sergipe está se transformando num pólo de indústrias
Gerar emprego e renda e fortalecer a economia sergipana são os principais objetivos da administração estadual quando o assunto é atração de indústrias. Desde 2007, quando o governador Marcelo Déda assumiu o Governo de Sergipe, 31 empreendimentos industriais incentivados já foram instalados no Estado (ver tabelas ao final da matéria), com compromisso apresentado nos respectivos projetos de gerar 3.615 empregos diretos e investimento de R$ 383,771 milhões.
Publicado 12/11/2009 11:05 | Editado 04/03/2020 17:20
Além destes, mais de 30 empreendimentos estão com suas implantações em andamento (ver tabela ao final da matéria), com previsão de gerar mais de 2,5 mil novos empregos diretos e investimento superior a R$ 200 milhões. Alguns fatores de atração desses investimentos são o fato de Sergipe estar próximo de importantes mercados consumidores, a oferta de mão de obra qualificada e as ações de desenvolvimento do Governo com a concessão de incentivos fiscais.
Em julho de 2009, os relatórios do Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI) de Sergipe apontavam 25 indústrias instaladas e 15 em fase de implantação, totalizando 40 entre implantadas e em instalação. Comparando com o relatório de outubro deste ano, observa-se que o número de indústrias implantadas já subiu para 31 e as em implantação já somam mais de 30. Até 2010, a expectativa é ter atraído cerca de 100 novos empreendimentos com a geração de dez mil novos postos de trabalho.
Incentivos
O trabalho de captação de investimentos realizado pelo Governo tem como ferramenta principal a demonstração comparada das vantagens de se investir em Sergipe em relação a outros Estados brasileiros, principalmente os da região Nordeste. O Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), por exemplo, visa incentivar e estimular o desenvolvimento socioeconômico do Estado através da concessão de apoio a investimentos. Ele é destinado a empreendimentos industriais, agroindustriais, de pecuária aquícola, turísticos e de base tecnológica, e concede apoio fiscal, locacional e de infraestrutura.
Em dezembro do último ano, o governador Marcelo Déda anunciou a vinda de mais 15 novas empresas e quatro ampliações. Já em maio de 2009 foram anunciadas por Déda outras 13 indústrias para Sergipe. Dos empreendimentos novos divulgados pelo governador nos anúncios (28), alguns já constam na lista dos 31 implantados desde 2007; outros estão em fase adiantada de implantação e os demais em fases preliminares ao início da implantação, naturais devido aos trâmites legais.
Os anúncios de novas indústrias feitos pelo Governo tratam de empreendimentos com elevado grau de certeza e viabilidade, sendo que, excepcionalmente, alguns podem demorar mais no processo de implantação devido a fatores como necessidade de relocação, prazos maiores para emissão de licenças em função da complexidade do empreendimento, dentre outros. Contudo, são raros os casos de desistência ou inviabilidade. Até então, além das empresas já instaladas (31) neste governo, das 28 empresas que o governador Marcelo Déda anunciou em dezembro de 2008 e em maio de 2009, não houve e nem deverá haver nenhuma desistência.
Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Jorge Santana, a Sedetec e a Codise atuam para agilizar os encaminhamentos dos projetos de novas indústrias que querem se instalar em Sergipe e apoia os empreendimentos já estabelecidos no Estado. “Muitas vezes faço isso pessoalmente, como foi no caso da Crown, indo até a sede da empresa em São Paulo para colocar nossa estrutura à disposição da companhia. Também mediamos a interlocução com órgãos municipais, estaduais e municipais, sobretudo aqueles responsáveis pela concessão de licenças”, diz o secretário.
Instalada no município de Estância, a Arumã (Grupo Crown) – empresa à qual o secretário se refere – representa o maior investimento privado da indústria de transformação em Sergipe nos últimos dez anos. A Crown investiu R$ 120 milhões nesta que é a segunda planta industrial do grupo no Brasil destinada a produzir corpos de latas. A meta da fábrica, que era de inicialmente produzir 750 milhões de lata/ano, já foi ampliada e na sua inauguração era de 1 bilhão de latas/ano, antecipando a meta prevista apenas para uma segunda etapa do empreendimento. A terceira etapa, com produção de 1,5 bilhão de latas/ano, deverá ser igualmente antecipada para os próximos dois anos, com o diferencial de que a Arumã pode fazer os latões de 473ml, cuja procura pelos clientes está crescendo.
Destaques
Além da Crown, outro destaque recente na indústria Sergipana, foi a transferência total para Sergipe da produção de duas tradicionais indústrias nacionais: a Leite de Rosas e a Duchas Corona, o que comprova o potencial industrial do Estado e a atuação do governo nesses últimos anos.
Já em setembro de 2009, o governador Marcelo Déda anunciou a chegada da Altenburg ao Estado. Trata-se de uma importante indústria especializada na produção de artigos de cama, mesa, banho e decoração. A empresa será instalada no Distrito Industrial de Nossa Senhora do Socorro e deverá investir quase R$ 30 milhões, responsáveis pela geração de 190 empregos diretos. A expectativa é que a fábrica comece a funcionar até o início de 2010. A indústria atende a diversos estados brasileiros e exporta suas mercadorias para países como Bolívia, Venezuela, Panamá, Honduras, Nicarágua e Costa Rica. Atualmente, a companhia possui duas unidades instaladas em Blumenau, pólo têxtil de Santa Catarina.
O potencial de crescimento acima da média brasileira foi um dos fatores que trouxe para Sergipe a Starcom do Nordeste Comércio e Indústria de Brinquedos Ltda., conhecida como Estrela. Deverão ser investidos cerca de R$ 10 milhões em uma fábrica no município de Ribeirópolis, a 75km de Aracaju. A escolha por Sergipe foi determinada também pela proximidade com Recife e Salvador, dois dos maiores centros consumidores do Nordeste, e pela rápida aprovação do projeto da fábrica pelo Governo do Estado. Em meses de pico de produção, a expectativa da fabricante é gerar 200 empregos.
Ampliações
Além da atração de novas indústrias para o Estado, o Governo também trabalha para o crescimento de empresas já existentes. Existem diversos empreendimentos em fase de ampliação, o que implicará mais empregos para os Sergipanos.
Com quatro unidades já instaladas no estado – Ribeirópolis, Carira, Lagarto e Frei Paulo – a fabricante de calçados Vulcabrás/Azaléia prepara novos investimentos para Sergipe. Está com R$ 25 milhões reservados para aplicação em máquinas e capital de giro, o que ampliará a produção de Calçados Hispana de 40 mil para 60 mil pares por dia. Além disso, de 2007 até os dias atuais a fábrica abriu mais de 1200 vagas de emprego.
Um outro exemplo é a Dakota Calçados, que mantém uma planta industrial no município de Simão Dias e emprega atualmente cerca de 900 pessoas. A empresa encontra-se em novo processo de ampliação que deverá gerar mais 600 postos de trabalho.