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Hu: diferenças EUA-China "são normais" se há "respeito mútuo"

O presidente da China, Hu Jintao, que recebeu seu colega dos Estados Unidos, Barack Obama, em uma visita oficial de dois dias, declarou nesta quarta-feira (18) que diferenças entre os dois países "são normais" e "O essencial é o respeito mútuo". "Tanto o presidente Obama como eu comentamos favoravelmente o desenvolvimento das relações", disse Hu.

Para o presidente chinês, "a chave das relações sino-estadunidenses está em respeitar-se mutuamente e levar em conta tanto os interesses essenciais como as preocupações principais da outra parte". A imprensa chinesa registrou que Obama foi o primeiro presidente dos EUA a visitar Pequim já em seu primeiro ano de mandato.

O jornal Diário do Povo publicou nesta quarta-feira (18) um comentário, assinado por Wang Hailou, elogiando a visita. "Enxergar longe significa ter uma concepção magna de história e considerar as coisas sob o prisma do futuro.

O desenvolvimento pacífico da China é um acontecimento importante da história da humanidade no século 21. A história mundial do passado mostra que é difícil a coexistência pacífica entre uma potência em vias de crescimento e outra que ocupa posição predominante. O surgimento de uma potência, a julgar pelo conceito da história do Ocidente, significa guerra e conflito. No entanto, a época mudou", afirma o artigo de Wang.

A China, segundo seu líder, está "preparada" para trabalhar com os EUA por um desenvolvimento contínuo, sadio e estável das relações, "para melhor servir aos interesses dos povos de ambos os países e de todo o mundo", afirmou Hu.

O chefe de Estado, que preside também o Partido Comunista da China, disse também que ele e o visitante reafirmaram o "princípio cardeal" de "respeitar mutuamente a soberania nacional e a integridade territorial". E manifestaram sua oposição a qualquer tentativa de violação desse princípio por parte de qualquer força.

Hu disse que seu país valoriza o apoio de Obama à política de "uma China" (que implica no não reconhecimento estatal de Taiwan), aos três comunicados conjuntos sino-estadunidenses, o respeito da Casa Branca à soberania nacional e integridade territorial da China, inclusive em relação a Taiwan.

"Concordamos em manter diálogos e intercâmbios sobre temas como os direitos humanos e a religião, com base na igualdade, respeito mútuo e não ingerência nos assuntos internos de cada um,. para melhorar o entendimento, reduzir as diferenças e ampliar o consenso", disse Hu.

Com informações da Agência Xinhua