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Erros do Governo Serra tumultuam exame de avaliação escolar

Cadernos errados de respostas, ausência de informações e mistura de questões estão tornando dramáticas para os estudantes – e vexatórias para as autoridades – as provas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), uma espécie de Enem do Governo Serra.

O exame avalia as escolas e os professores influindo até sobre o pagamento de bônus aos profissionais. Os erros já foram identificados em escolas de cinco cidades – Mairiporã, Caieiras, Francisco Morato, Cajamar e Atibaia.

A Secretaria estadual de Educação considera “normal a ocorrência de falhas na aplicação de um exame tão amplo” e garante que os estudantes não serão prejudicados. Mas o sindicato dos professores (Apeoesp) anuncia medidas judiciais contra o exame.

As folhas começaram antes mesmo da aplicação das provas. O Saresp deveria começar em 17 de novembro e terminar no dia 19. Mas problemas ocorridos na entrega das provas às escolas provocaram o adiamento do exame por uma semana.

Em nota divulgada na página da Internet, o secretário estadual de Educação, Paulo Renato, responsabiliza a empresa vencedora da licitação pelo adiamento. Diz a nota: “A medida foi tomada depois que o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd), empresa que venceu a licitação para realização do Saresp, avisou à Secretaria de Estado da Educação que não conseguiria cumprir os prazos definidos pelo contrato, inviabilizando a data programada inicialmente.”

Para a Apeoesp, além do desrespeito com toda a comunidade escolar, a equipe da Secretaria da Educação reforça um perfil de desorganização na condução de uma das mais importantes secretarias de Estado.

"Mostra-se, mais uma vez, profunda incompetência para gerir o maior sistema educacional de nosso país com prejuízos a uma imensa parcela da população. Mais um lastimável exemplo da falta de compromisso com a escola pública em São Paulo", disse a presidente da entidade, Maria Izabel Noronha, em seu blog.

Dia do Basta !

Nesta quinta-feira (26), os professores de São Paulo realizam uma grande assembléia denominada Dia do Basta!

Uma das principais reclamações dos professores é em relação à falta de docentes nas escolas e às leis do governo Serra que limitam o reajuste salarial dos professores e complicam o desenvolvimento de um plano de carreira.

"O ano letivo de 2010 não se iniciará se não houver negociação e atendimento das nossas reivindicações – 27,5% de reajuste salarial; 6% de reposição das perdas de 2009; incorporação da GAM e da GG com extensão aos aposentados; fim da política excludente de “promoção por mérito”, diz a nota do Sindicato.

Para intensificar os protestos, a Apeoesp promete buscar a unificação com as entidades do magistério e, como parte do processo de luta, realizará o “bota-fora” de Serra quando este deixar o governo estadual para ser candidato a presidente.

Da redação,
com informações da Apeoesp e site Brasília Confidencial