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Zelaya diz que abstenção em Honduras chega a 65%

As mesas receptoras de votos das eleições em Honduras foram fechadas neste domingo às 17h (21h de Brasília), uma hora mais tarde do previsto, porque o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) decidiu prorrogar o horário de votação.

A medida, segundo o TSE, teria sido tomada "em virtude da grande quantidade de eleitores que estão procurando os centros de votação". Entretanto, o presidente deposto, Manuel Zelaya, afirma que a abstenção é alta, em torno de 65%, segundo informações que diz ter recebido de diferentes regiões do país.

"Pelas fontes que tenho do interior do país existem lugares onde a abstenção foi de 40% e em outros chega a 80%", disse por telefone Zelaya à Agência EFE, da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

O presidente do TSE, Saúl Escobar, disse que a participação foi considerada "bastante alta", mas que ainda não dispõe de um dado oficial.

O TSE também advertiu que os meios de comunicação "não poderão divulgar nenhum tipo de resultado, incluindo as pesquisas de boca-de-urna, antes das 19 horas no horário local" (23 horas em Brasília).

Os locais de votação que não obedeceram à orientação serão punidos com uma multa, segundo a resolução do organismo.

O TSE prometeu divulgar os primeiros resultados do questionado e ilegítimo processo eleitoral na noite deste domingo. De acordo com a emissora Telesur, os centros de votação foram caracterizados por ausência de eleitores, sem filas e sem o movimento típico de uma eleição majoritária.

A reporter da emissora, Adriana Sívori, agregou que nos bairros mais pobres de Tegucigalpa podia-se ver o repúdio popular à atual eleição, ao não observar movimento nas seções eleitorais, enquanto nas áreas dominadas pela elite local, podiam ser vistas filas em algumas delas.

Em contato com a Telesur, Zelaya assinalou sua condição de prisioneiro, no marco das eleições impostas, afirmando que elas são "uma fraude evidente que o povo não apoia".

Zelaya sublinhou que o regime mantém o povo reprimido e condenou a posição dos Estados Unidos, ao dar sinal verde para a eleição, que pretende apenas limpar a barra de um golpe de Estado militar, ao mesmo tempo que perguntava "É isso que os Estados Unidos querem para a América Latina?"

Com agências