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Índia está de olho no programa Fome Zero do Brasil

O programa Fome Zero, aplicado no Brasil, se converteu em uma referência obrigatória em uma conferência sobre segurança alimentar que se encerrou nesta terça-feira (1/12) na Índia, com a participação de delegados da América Latina e do Caribe.

O projeto, iniciado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em 2003, tem grande destaque entre as recomendações feitas ao término da reunião e os participantes exortaram que seja aplicado nos países que possam realizá-lo.

O primeiro a elogiar o programa foi o professor M.S. Swaminathan, que destacou que, seis anos depois de sua implementação, a mortalidade infantil no Brasil se reduziu 73%.

O número de brasileiros na pobreza absoluta também caiu 48% como resultado do programa, asseverou o especialista, considerado um dos artífices da chamada Revolução Verde das décadas de 1960 e 1970 na Índia.

Para oferecer informações de primeira mão sobre a continuidade do programa no governo Lula, o país enviou à Índia a assessora presidencial Maya Takagi.

De acordo com a especialista brasileira, ao concluir o ano em curso, terão sido destinados quase US$ 11 bilhões aos diferentes projetos realizados para garantir a segurança alimentar e lutar contra a pobreza.

O professor Walter Belik, da Unicampo, assegurou por sua vez que em seu país não existe um déficit de alimentos, mas sim uma má distribuição, problema que o Fome Zero pretende solucionar.

A conferência indo-latinoamericana sobre cooperação em segurança alimentar foi patrocinada pela Cooperativa Camponesa de Fertilizantes da Índia (IFFCO), a maior do tipo no mundo, e pelo governo local.

Fonte: Agência Prensa Latina