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A luta pela democratização da comunicação

O Brasil está realizando um amplo debate sobre as comunicações, envolvendo setores dos movimentos sociais (sindicalistas, mulheres, estudantes, movimento comunitário, da saúde, LGBT, movimento negro etc.), em busca de uma comunicação mais democrática.

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação começou pelos municípios e estados, sendo realizadas 22 etapas estaduais que elegeram 1.684 delegados para a etapa nacional. Ela acontecerá em Brasília entre os 14 e 17 de dezembro, e discutirá mais de 1.500 propostas para a comunicação, que resultarão num documento a ser encaminhado ao governo como base para a elaboração de políticas públicas para o setor.

Apesar dos empresários da mídia terem tentado impedir a realização da Conferência, os movimentos sociais abraçaram a causa e garantiram que as etapas estaduais acontecessem. Até mesmo em São Paulo e no Rio Grande do Sul, cujos governos não fizeram a convocação, se escondendo do processo por terem o rabo para lá de preso com os donos da mídia. Nem precisa dizer que foram os tucanos José Serra e Yeda Crusius.

A Conferência de Comunicação acontece sob forte disputa entre os setores que querem manter a comunicação como privilégio para poucos, e os que querem mais democracia e mais espaço à produção cultural do povo, à pluralidade e à diversidade.

Um dos frutos desse processo foi a ampliação do debate. Agora, é preciso eleger prioridades para garantir que conquistas sejam alcançadas.

E, depois da etapa nacional, a mobilização em torno do tema deve ser mantida para apresentar aos presidenciáveis as propostas de democratização da mídia e pela garantia de que, em 2011, aconteça a 2ª Confecom.