Calheiros: "Maioria do PMDB tem rumo já definido, pró-Dilma"
O senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, esquiva-se da polêmica sobre uma eventual lista de três nomes preparada pelo seu partido para a ministra Dilma Rousseff escolher seu vice na candidatura presidencial. Prefere adiar essa discussão.
Publicado 16/12/2009 17:58
Embora afirme também não haver pressa de eliminar as divisões internas da sua legenda em relação às eleições de 2010, Calheiros garante que seus correligionários aprovarão o pré-acordo com o PT, na convenção partidária, em junho.
Todo partido tem essas correntes internas. Essas divergências são naturais. O partido é muito grande, é democrático. Não tem dono", contemporizou o parlamentar, sobre os acenos de apoio a Dilma, candidatura própria e aproximação ao PSDB.
No entanto, Calheiros assegura a Terra Magazine que a maioria do PMDB não abandonará a aliança com o PT: "Há um grupo, que é majoritário, que tem um rumo já definido. E vai trabalhar para que isso aconteça".
Confira a entrevista.
Terra Magazine – O que o senhor acha da sugestão do presidente Lula sobre uma lista tríplice do PMDB para a escolha do vice na chapa da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República?
Renan Calheiros – Não dá pra discutir isso agora, tem que minimizar essas coisas. Acho essa discussão precipitada. Tem que deixar pra decidir isso mais adiante. Tá bom?
O senhor acredita que o PMDB lançará candidatura própria, ratificará o acordo com o PT ou apoiará o PSDB?
Não… Apoio ao PT, à ministra Dilma. Todo mundo vai trabalhar nessa direção.
Mesmo com setores, como o diretório de São Paulo, tendendo a Serra?
Mas é normal isso, né? Todo partido tem essas correntes internas. Acho que tem que deixar isso pra depois, minimizar isso. Essas divergências são naturais. O partido é muito grande, é democrático. A maioria vai votar pela aliança com a Dilma.
Existe cálculo disso?
Não tem não. É sentimento, sentimento. A convenção vai decidir pela aliança com o PT, pelo apoio à ministra Dilma.
O senhor baseia-se em quê para acreditar nisso?
Na bancada. Há um grupo, que é majoritário, que tem um rumo já definido. E vai trabalhar para que isso aconteça. Mas vai ser em junho. Não tem como saber disso agora. O processo político é dinâmico. Tá bom?
As divisões regionais prejudicam em algum termo?
Não, o partido é democrático. Não tem dono, entendeu? Você tem que convencer as pessoas.
Como convencê-las?
Rapaz, eu tô aqui numa reunião. Você vai me permitir, viu? Tá? Um abraço.
Fonte: Terra Magazine