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Maracanã terá arquibancada demolida para atender à Fifa

A secretária estadual de Esporte do Rio de Janeiro, Márcia Lins, informou na quinta-feira (17) que a arquibancada inferior do Maracanã será totalmente demolida para adequar o estádio às exigências de visibilidade estipuladas pela Fifa.

Além disso, o estádio que já recebeu quase 200 mil torcedores na final da Copa de 1950 terá sua capacidade reduzida em cinco mil assentos para o Mundial de 2014, passando dos atuais 85 mil para 82 mil lugares. As intervenções terão início em março, mas somente a partir de agosto o estádio será completamente interditado. O governo pretende reabrir o Maracanã em 2013 para os jogos da Copa das Confederações.

O número de camarotes também diminuirá para atender às exigências da Fifa, passando dos atuais 99 para 88, com capacidade para 30 pessoas cada. Quatro novos conjuntos de rampas serão construídos para reduzir o tempo de evacuação total do estádio dos atuais 40 minutos para oito minutos.

Segundo Márcia, o custo total da reforma é de R$ 500 milhões, orçamento 20% maior que o divulgado pela secretaria no primeiro semestre. Somente a construção da cobertura consumirá R$ 200 milhões.

Esta é a segunda reforma de grande porte no Maracanã em menos de cinco anos. O estádio foi interditado entre 2005 e 2006 para se adequar às cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Pan-americanos de 2007. Foram gastos mais de R$ 200 milhões para a instalação de assentos nas arquibancadas, rebaixamento do gramado e implantação de cadeiras no lugar da antiga geral.

Célio de Barros e Júlio Delamare

Márcia Lins afirmou que o estádio deixará de ser um espaço exclusivamente esportivo para se transformar em um parque público com diferentes serviços, como restaurantes, bares e lojas. A ideia é estimular os torcedores a chegarem com antecedência em relação ao horário dos eventos.

Além da reforma, que ficará sob responsabilidade do governo estadual, o entorno do Maracanã sofrerá uma reestruturação urbanística a cargo da prefeitura, que o ligará à Quinta da Boa Vista. O complexo não perderá o estádio de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Júlio Delamare, que, conforme o projeto anterior, seriam demolidos para acomodar as áreas de hospitalidade da Fifa durante o Mundial.

Segundo a secretária, o governo utilizará uma linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) específica para a construção e reforma dos estádios da Copa. O banco disponibilizou até R$ 400 milhões para o Maracanã.

Fonte: Portal Copa 2014