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Para Cuba, Terceiro Mundo derrotou EUA em Copenhague

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou besta segunda-feira (21) que em Copenhague o Terceiro Mundo derrotou a tentativa dos Estados Unidos de impor uma nova orem à luta contra o aquecimento global. "Os países desenvolvidos tentavam patentear uma nova era que significaria esquer o conceito de responsabilidade compartilhada, mas diferenciada, e jogar sobre os outros países o peso da situação ambiental", disse Rodríguez numa coletiva de imprensa.

Para o titular das Relações Exteriores de Cuba, que participou da Cúpula de Copenhague, a tentativa, derotada por vários países, representava uma repetição das posições mais tenebrosas e um retrocesso em relação ao Protocolo de Quioto. "Pelo menos em Quioto, que vence no próximo ano, havia compromissos vinculantes, que deviam ser cumpridos", recordou o ministro.

Em sua exposição, o chanceler mostrou folhas dos rascunhos que o presidente Barack Obama quis introduzir. "Obama não mudou essencialmente a posição norte-americana sobre um acordo vinculante relativo à mudança climática", disse Rodríguez, referindo-se à recusa dos EUA em ratificar o acordo adotado no Japão em 1997.

"Em Copenhague ele [Obama] partiu para o assalto a esse acordo, para subvertê-lo", disse Rodríguez. Mas, destacando as posições de Tuvali – uma ilha ameaçada de desaparecer devido à elevação do nível do mar –, além da Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela, o ministro assinalou que os EUA e seus aliados não conseguiram impor suas posições.

"O documento não poderia ser aceito, por ser espúrio e porque seu conteúdo é suicida", afirmou. Para o chanceler, os padrões irracionais de produção e consumo nos países capitalistas desenvolvidos são a causa do aquecimento global.

"Ao se pretender substituir o conceito de responsabilidade compartilhada mas diferenciada, tentou-se passar por cima dos compromissos não cumpridos pelos ricos, de fornecer financiamento e transferência tecnológica aos países do Sul", disse ele.

De acordo com os dados fornecidos por Rodríguez, um norte-americano emite 20,9 toneladas de carbono por ano, um europeu 8,1 toneladas, um latino-americano 4,9 e um africano 2,3.

Fonte: Prensa Latina (http://www.prensa-latina.cu)