Fracasso da festa do Reveillon reflete crise política no DF
O fiasco da festa do Reveillon promovido pelo Governo do Distrito Federal, que terminou o ano atolado em denúncias de corrupção, não arrefeceu os ânimos do governador José Roberto Arruda (Sem Partido). A crise política que cerca o Governo do Distrito Federal saiu do ar nos feriados de final de ano, mas mostrou-se visível no Reveillon oficial da Esplanada dos Ministérios, quando um público dez vezes inferior às 400 mil pessoas previstas assistiu ao show de Zezé di Camargo e Luciano.
Publicado 04/01/2010 17:51
Passadas as festas, a crise volta com data marcada ao noticiário. Nesta quarta-feira (6) termina o prazo para que o governador José Roberto Arruda, através da sua Secretaria da Fazenda, encaminhe ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) dados sobre gastos oficiais com empresas investigadas pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
Na véspera do Natal, o Governo do DF foi notificado a apresentar uma lista com os pagamentos feitos nos últimos três anos a cada prestadora de serviços no ramo de informática. Essas empresas seriam as principais responsáveis pelo repasse de dinheiro em espécie ao ex-secretário Durval Barbosa, que denunciou o esquema e se beneficiou com o regime de delação premiada.
No próximo dia 11, a Câmara Legislativa do DF suspende o recesso parlamentar para começar a apreciar os pedidos de impeachment contra Arruda e o seu vice, Paulo Octávio. Também está prevista, para a mesma data, a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção, que investigará denúncias de corrupção no DF desde 1991.
A expectativa é de muito tumulto no reinicio dos trabalhos legislativos, pois o presidente que estava licenciado, deputado distrital Leonardo Prudente (Sem Partido), reassumiu o cargo e não se dispõe a renunciar à Presidência da Casa.
Ele é o parlamentar que ganhou fama ao ser filmado escondendo dinheiro de propina nas meias. Em função disso, foi obrigado a desfiliar-se do DEM e não poderá se candidatar a nenhum cargo eletivo em 2010.
Com Agência Estado