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Barbeiragem: Real forte afeta mais exportação industrial

Vendas para os EUA desabam 42%. China  continua maior importador do país. O impacto da valorização cambial foi mais forte nas exportações de produtos de maior valor agregado. Com isso, as vendas externas do país para os Estados Unidos — que terminaram 2009 como principal parceiro comercial do Brasil – desabaram 42,2%.

"Registramos uma queda de 42,4% nas exportações para o mercado norte-americano. Apesar disso, o fluxo de comércio com esse país foi de US$ 35,9 bilhões", informou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral.

Em 2008, a corrente de comércio (exportações mais importações) entre os dois países fora de US$ 53,4 bilhões. A China, no entanto, continuou a ser o principal mercado para as exportações brasileiras Para Barral, a queda nas vendas para os EUA deve ser atribuída à crise mundial.

"Temos de reforçar nossas ações para retomar o mercado norte-americano. Exportamos muitos produtos manufaturados para lá e só vamos conseguir recuperar as exportações de industrializados se conseguirmos retomar as vendas para mercados importantes como os Estados Unidos e a América Latina", disse.

No entanto, os exportadores vêm alertado que os efeitos do câmbio valorizado se fazem mais forte sobre os produtos industrializados do que as commodities agrícolas e minerais, mais dependentes da flutuação dos preços internacionais.

Ano passado, a China se consolidou como o segundo parceiro comercial do Brasil, com um fluxo comercial de US$ 35,8 bilhões, e principal destino das exportações brasileiras ao consumir US$ 19,9 bilhões em produtos brasileiros.  "Para se ter uma idéia, de tudo que o Brasil vendeu em 2009 a mercados estrangeiros, mais de 13% foi destinado ao mercado chinês", ressaltou o secretário.

A informação é do Monitor Mercantil