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Novo tremor atinge o Haiti

Um novo tremor atingiu o Haiti na manhã desta quarta-feira (20). Segundo informações do Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA, o tremor foi de 6,1 graus na escala Richter, mas ainda não há informações de feridos e prejuízos causados pelo terremoto.

Diversos tremores secundários vêm atingindo o país oito dias depois do terremoto de 7 graus que causou ao menos 75 mil mortos, mas o tremor desta quarta é o maior desde então. Além dos mortos, o governo calcula que 250 mil ficaram feridos e um milhão, desabrigados. Se a estimativa do governo se concretizar, serão 200 mil mortos causados pela tragédia da semana passada.

O tremor desta quarta aconteceu às 6h03 (9h03 de Brasília), a cerca de 59 km da capital Porto Príncipe e a 9,9 km de profundidade. Jornalistas da agência AP relataram que o tremor sacudiu prédios e pessoas foram vistas correndo pelas ruas. Segundo a agência Efe, edifícios que estavam comprometidos pelo tremor do dia 12 desabaram. Já os repórteres da agência AFP relataram que na região do bairro de Petionville o tremor foi sentido durante dez segundos.

Apesar da intensidade do terremoto, não foi ativado um alerta de tsunami na região. No último sábado, um tremor de 4,5 graus na escala Richter também foi registrado no país caribenho.

Com medo dos novos tremores, milhares de moradores da capital haitiana dormem nas ruas da cidade desde a semana passada. Segundo a agência AFP, em uma praça pública convertida em dormitório coletivo, uma mulher começou a rezar em um megafone após o tremor de hoje. Em outra praça, em frente ao hotel Kinam, pessoas corriam pela rua e algumas gritavam dizendo que era o fim do mundo.

20 brasileiros mortos na tragédia

O Exército Brasileiro informou nesta quarta-feira (20), por meio de nota oficial, que foi encontrado o corpo de mais um militar no Haiti. Foi localizado o corpo do major Márcio Guimarães Martins, que era dado como desaparecido desde o último dia 12 de janeiro, quando ocorreu o forte terremoto no país. Com isso chega a 20 o número de brasileiros mortos no local: 18 militares e dois civis.

O major Guimarães servia na Brigada de Infantaria Paraquedista e exercia a função de oficial de Estado-Maior do Batalhão de Infantaria de Força de Paz do Haiti (Brabatt), no 12º Contingente Brasileiro da Missão.

Além dos militares, morreram durante o terremoto a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, e Luís Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da ONU no Haiti.

Há 1.266 soldados brasileiros presentes no Haiti desde o início dos esforços de pacificação, em meados de 2004. A Minustah, força de manutenção da paz do organismo no país, tem atualmente cerca de 9.000 soldados e policiais no país e é liderada pelo Brasil.

Com agências