Para Jucá, Temer representa o PMDB e deve ser vice de Dilma
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu nesta segunda-feira (25) o nome do presidente da Câmara e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), para candidato a vice em uma chapa para a presidência encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Jucá faz parte da articulação que visa dar a Temer um novo mandato como presidente do partido.
Publicado 25/01/2010 17:50
“O partido está unido e o Michel Temer mais do que qualquer pessoa representa a instituição. O PMDB tem um nome que representa o partido, que é o Michel. Não outro nome colocado para ser vice. Nós não vamos lançar o vice antes de ter a candidata a presidente, mas teremos força no momento que o PMDB se sentir representado, que o prefeito, o líder do partido lá no interior se sinta representado na chapa presidencial”, disse Jucá.
A declaração de Jucá é mais uma contra a proposta de listra tríplice que chegou a ser apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a escolha do vice de Dilma. Ele destaca que nenhum partido pode se envolver em questões internas do outro. “O presidente nunca conversou isso de lista tríplice com a gente. Não há imposição nenhuma. Nós vamos definir o PMDB e o PT vai definir o PT. Vão haver conversas, mas não há veto”.
O líder do governo aproveitou também para defender a retirada da candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE) para a presidência da República. Jucá ressaltou que a definição sobre a candidatura de Ciro cabe ao PSB, mas defendeu a união da base já no primeiro turno. "O PSB tem legitimidade para ter candidato, mas o importante é unir a base e vencer no primeiro turno".
A união entre o grupo de deputados e dos senadores é um fato novo dentro do PMDB. Os dois grupos chegaram a um acordo para a eleição da direção do partido em fevereiro e vão apoiar a recondução de Temer à presidência da legenda. O vice na chapa deverá ser um senador do PMDB e Jucá é um dos mais cotados. Caso se confirme a aliança, o mais provável é que Temer se licencie novamente da presidência da legenda e o senador que ficar com a vice comande a legenda durante a eleição.
Fonte: G1