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Alba aprova ajuda ao Haiti e pede respeito à soberania do país

A Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), reunida nesta segunda (25) em Caracas, aprovou um plano de assistência emergencial ao Haiti e emitiu comunicado declarando que a comunidade internacional deve respeitar a soberania do país devasatado por um terremoto durante o processo de reconstrução.Durante o encontro, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou o perdão da dívida do Haiti pela compra de combustível venezuelano.

"O Haiti não tem dívida com a Venezuela; a Venezuela tem uma dívida histórica com essa nação, com esse povo pelo qual não sentimos tristeza, mas admiração", disse Chávez ao final da reunião, sem revelar o valor da dívida perdoada.

Ele também anunciou que o plano integral de ajuda da Alba ao Haiti inclui uma doação imediata de US$ 20 milhões para o setor de saúde e um fundo de pelo menos US$ 100 milhões fornecidos pelos membros da organização.

A Venezuela é a nação mais forte financeiramente da Alba, formada também por Cuba, Bolívia, Equador, Antígua e Barbuda, Nicarágua, Dominica e São Vicente e Granadinas. Representantes do Haiti e de outros países caribenhos comparecem às reuniões na qualidade de observadores.

Em um discurso transmitido ao vivo pela rede estatal de emissoras de rádio e televisão, Chávez corrigiu o texto sobre o plano da Alba para o Haiti definido pelos chanceleres, trocando a palavra "venda" por "fornecimento", ao esclarecer que o combustível enviado pela estatal venezuelana Citgo chegará diretamente à população haitiana.

O plano de ajuda da Alba inclui ainda os setores agrícola, de produção, importação e distribuição de alimentos, além de uma anistia migratória a haitianos residentes ilegalmente nas nações da organização que possuem acordos de integração, acrescentou.

Assim como já havia feito quando da chegada ao Haiti de soldados dos Estados Unidos após o terremoto, Chávez reivindicou respeito à soberania haitiana e pediu para que a ONU coordene todas as operações. A Alba também condenou a saída do Haiti de menores entregues em adoção a famílias dos EUA e da Europa e alertou que entidades de defesa dos direitos da infância defendem que "a última coisa que é preciso fazer é tirar crianças" do país sem antes esgotar a busca por seus familiares.

Elogios 

Durante a Conferência Ministerial Preparatória sobre o Haiti, realizada nesta segunda no Canadá, o primeiro-ministro do país caribenho, Jean-Max Bellerive, agradeceu à comunidade internacional pela ajuda fornecida e fez especial menção a Cuba e à Venezuela, países ausentes no evento que objetiva coordenar o auxílio à nação devastada pelo terremoto do último dia 12.

Ao agradecer o esforço de países da região que prestaram socorro aos cidadãos atingidos pela tragédia, ele citou especialmente Cuba, Venezuela e República Dominicana, os quais "imediatamente chegaram para ajudar a nossa população afetada".

Com agências