Lula diz que Cesar Maia é o culpado por não fazer obra do PAC

“Na verdade, essas obras já poderiam estar muito mais adiantadas se o prefeito anterior não tivesse guardado dinheiro em vez de fazer a obra. A parceria que estou construindo aqui no Rio de Janeiro com o Sérgio Cabral e com o Eduardo Paes não tem mais lugar para intriga, para briga pequena, porque, quando dois políticos brigam, quem perde é o povo”, disse Lula.

As obras do PAC na Colônia Juliano Moreira têm custo previsto de R$ 142 milhões em intervenções urbanísticas nas favelas, pavimentação de ruas, canalização de rios e construção de 600 unidades habitacionais.

Além de Lula, a inauguração contou com as presenças da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes.

O Complexo da Colônia Juliano Moreira engloba várias comunidades que, até o fim do ano, receberão melhorias. A primeira a ser beneficiada foi a comunidade Entre Rios, que recebeu praça, quadra poliesportiva, campos de futebol, obras de urbanização e infraestrutura, além do Espaço de Desenvolvimento Infantil Dra. Zilda Arns, creche que vai atender 150 crianças.

Os investimentos nas obras foram de R$ 142 milhões, sendo R$ 122 milhões da União e R$ 20 milhões da Prefeitura. A ideia é transformar a Colônia, que ocupa uma área equivalente à de Copacabana, em um novo bairro, preservando a sua área verde e a qualidade ambiental. As obras beneficiarão aproximadamente 6.200 famílias.

Além das obras de urbanização, estão programadas a regularização fundiária da área, a construção de 1.665 moradias, a preservação da memória local com a recuperação do aqueduto e do centro histórico, onde será criado o Museu Bispo do Rosário, no antigo Pavilhão 1. A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, localizada no Núcleo Histórico, já foi restaurada.

Sobre a Colônia

A antiga Colônia Juliano Moreira Colônia foi inaugurada como instituição psiquiátrica em 29 de março de 1924. Por muito tempo, ela foi referência nacional em atenção à saúde mental. Dos anos 20 aos 80, funcionava como destino final para pacientes considerados irrecuperáveis. Na década de 60, chegou a abrigar cerca de 5.000 pessoas.

Hoje ela está ocupada por prédios históricos, institucionais, favelas, edificações residenciais e áreas de preservação. As obras do PAC no complexo prevêem urbanização das favelas existentes, pavimentação de vias estruturais, canalização de rios, construção de vila para idosos e implantação de museu, entre outras coisas.