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Honduras: Líderes sindicalistas ainda sofrem repressão

Ao se aproximar da sua casa, no bairro Brisas de Olancho, o sindicalista e integrante do Movimento de Resistência Nacional Julio Fúnez Benítez, 55 anos, foi abordado, na segunda-feira, 15, por dois homens numa motocicleta, que dispararam contra ele, aumentando o número de mártires em Honduras.

“Vemos com muita preocupação que os assassinatos e as violações dirigem-se, agora, contra sindicalistas. Vanesa Zepeda foi morta há uma semana, Porfírio Ponce sofreu ameaças e teve sua moradia saqueada, e agora Julio Fúnez Benitez”, relata o pastor Franklin David del Cid, da Igreja Cristã Ágape, de Tegucigalpa.

Próximo ao crime há um posto da polícia e, como em outros casos, nada fez. Julio era membro do Sindicado dos Trabalhadores do Serviço Autônomo Nacional de Aquedutos e Esgoto. Ele deixou viúva e três filhas.

O pastor teve que ir até o hospital reconhecer o sindicalista morto, atingido no pé, no tórax e na cabeça. “Junto a ele há outros dois cadáveres, também produto da criminalidade”, relatou o pastor.

Enquanto capangas matam gente do povo nas ruas, nos templos continuam cantando hinos românticos e proferindo sermões de como será a vida no céu, destacou o pastor, que se confessou cansado de ver tanta opressão nas ruas de Tegucigalpa.

Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC).