Desemprego continua em alta nos EUA
O desemprego continua avançando nos EUA, revelando as fragilidades do processo de recuperação econômica proclamado pelo governo e alguns economistas. Em fevereiro foram fechados 36 mil vagas, acentuando a depressão do mercado de trabalho, que começou no final de 2007. A taxa de desocupação ficou em 9,7%, de acordo com os números divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano.
Publicado 05/03/2010 15:05
Desde o início da recessão, foram cortados 8,36 milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos. Os pacotes econômicos de Bush e Obama, que elevaram em 1,5 trilhão de dólares a dívida pública, foram destinados basicamente a salvar bancos e banqueiros e não impediram o avanço do desemprego, que castiga duramente milhões de famílias.
De efeito a causa
A redução do nível de emprego traz sérios prejuízos à economia. O desemprego se instalou a partir do 2007 como um efeito da crise, mas logo se transformou em causa desta, pois reduziu a taxa de consumo da sociedade, inibindo ou inviabilizando, com isto, a produção. Isto não afetou apenas os EUA, mas também outros países que dependem do mercado americano.
Enquanto a oferta de trabalho permanecer deprimida não se pode falar em recuperação econômica, muito embora os economistas apontem a possibilidade de recuperação sem emprego. Quem mais sofre com este comportamento patológico da economia americana é a classe trabalhadora do país, que não tem mais razão paras se iludir com o governo Obama.
Da redação, Umberto Martins