As duas faces de Aécio Neves
Dois acontecimentos recentes demarcam bem o perfil do tucano Aécio Neves, futuro ex-governador de Minas e candidato a uma vaga no Senado.
Publicado 17/03/2010 11:20 | Editado 04/03/2020 16:50
Diante de uma manifestação pacífica dos servidores, Aécio postou cerca de mil policiais, armados até os dentes, para "proteger" o seu Pharternon. Mais de dois mil servidores e servidoras, em sua maioria trabalhadores da educação, se viram cerceados em seu direito de acessar aquilo que se denomina Cidade Administrativa do governo de Minas. Que triste ironia: educadores e educadoras, tratados como marginais pelo "moderno" governador de Minas. Em tempo: ele nem sequer despacha na nova sede do governo. Depois da inauguração ele foi lá raramente.
Outro exemplo de sua face autoritária é o tratamento que ele dá aos deputados de oposição na Assembléia Legislativa. Diferentemente do governo Lula, que "paga" as emendas parlamentares de forma democrática e republicana (ou seja, como coisa pública), Aécio restringe a liberação de verbas aprovadas no Orçamento, para obras e serviços essenciais, reivindicados por prefeitos e lideranças comunitárias, só porque o deputado proponente lhe faz oposição na Assembléia.
O Governo Lula não discrimina partidos, nem parlamentares de oposição. O de Aécio Neves faz o contrário.
Esta é a verdadeira face do líder tucano. Seu aparato de comunicação e "promoção de imagem" o posiciona como alguém que respeita as normas de convivência republicanas. Mas na vida real…