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PIB cresceu no 4º trimestre, mas recuperação é frágil nos EUA

Os números revisados sobre a evolução Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos confirmou o crescimento da economia a uma taxa anualizada de 5,6% no quarto trimestre de 2009, ligeiramente inferior aos 5,9% informado anteriormente. Foi um desempenho melhor do que o verificado entre julho e setembro do ano passado, quando o produto apresentou expansão de 2,2%.

Mas apesar da evolução positiva do PIB, a recuperação é considerada frágil pelos economistas, uma vez que o desemprego continua em alta e há sinais de recrudescimento da crise no ramo imobiliário, onde tudo começou. Em fevereiro, a venda de imóveis novos na maior economia do mundo registrou um nível recorde de baixa, ficando 80% abaixo do pico de vendas, ocorrido em julho de 2005.

Crise imobiliária

No mesmo mês, a venda de casas usadas caiu pela terceira vez consecutiva. O mercado imobiliário retrocedeu aos piores momentos da crise no ramo, verificados no segundo trimestre de 2009. Há cerca de 11,3 milhões de proprietários cujas casas valem menos do que o custo do financiamento, o que sinaliza crescimento da inadimplência ao longo dos próximos meses. Os processos de despejos somam cerca de 5 milhões.

O drama no mercado de trabalho não é menor. Pesquisa do instituto Gallup indica que existem 30 milhões de trabalhadoras e trabalhadores desempregados ou vivendo de bico na terra do Tio Sam. Este gigantesco exército de desocupados involuntários obstrui a recuperação do consumo, que respondia por mais de 70% do PIB norte-americano antes da crise.

Fragilidade

São esses números que sinalizam a fragilidade da economia, 27 meses após o início da recessão (dezembro de 2007) e justificam a conclusão de que os EUA vivem a pior crise de sua história desde a Grande Depressão de 1929, cujos efeitos se prolongaram até a 2ª Guerra Mundial.

O império arrastou meio mundo para o pântano da recessão, que desta vez castigou mais as potências capitalistas (União Europeia e Japão) e o leste europeu. China, Brasil, Índia e outros “emergentes” já saíram da crise e lideram a recuperação da economia mundial. Já os países do Velho Continente estão às voltas com uma grave crise fiscal. O euro fraqueja e perde valor diante do dólar e de outras moedas. A crise pode tomar novos rumos.

Da redação, Umberto Martins, com agências