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Recurso ao seguro-desemprego cresce e contraria otimismo nos EUA

A situação da economia norte-americana não justifica otimismo, pelo menos do ponto de vista da classe trabalhadora. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 18 mil, para 460 mil, após ajustes sazonais, na semana até 3 de abril, informou o Departamento de Trabalho dos EUA. A alta contrariou a expectativa dos economistas ouvidos pela Dow Jones, de queda de 1 mil pedidos.

O dado da semana anterior também foi revisado em alta para 442 mil pedidos, de 439 mil. A média móvel de pedidos feitos em quatro semanas – calculada para suavizar a volatilidade do dado – subiu 2.250, para 450.250.

30 milhões de vítimas

Na semana encerrada em 27 de março, o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego caiu 131 mil, para 4,550 milhões, menor nível desde a semana até 13 de dezembro de 2008. Nos EUA, as regras para distribuição do auxílio-desemprego variam de Estado para Estado e nem todos os desempregados têm direito ao benefício.

Recente pesquisa do Instituto Gallup estimou em 30 milhões de trabalhadores e trabalhadoras o número de desempregados e subempregados na maior economia do planeta, que entrou em recessão no final de 2007 e ainda dá sinais de extrema precariedade no mercado de trabalho. Os pacotes econômicos baixados pelos governos Bush e Obama sangraram os cofres públicos em cerca de 1,5 trilhão e aparentemente livraram o sistema financeiro da falência. Foi certamente bom para os bancos, mas não contribuiu para reduzir o sofrimento da classe trabalhadora, que além de perder o emprego muitas vezes também está perdendo, junto, a moradia, em função das execuções hipotecárias.

Da redação, com agências