Fidel elogia declarações de Raúl sobre presos em greve de fome
O ex-presidente cubano Fidel Castro qualificou as recentes declarações de seu irmão e atual chefe de Estado, Raúl, como um golpe de espada contra os Estados Unidos e a Europa. Para o líder da Revolução Cubana, o pronunciamento de seu irmão no último domingo durante um congresso da União de Jovens Comunistas (UJC) foi "uma estocada profunda nas entranhas do império e dos seus cínicos aliados".
Publicado 10/04/2010 13:12
"Rául pôs os pontos nos 'is' em vários temas de suma importância", observou Fidel, em um artigo publicado nesta sexta-feira (9) na imprensa local. O presidente cubano havia dito que o governo da ilha "jamais cederá à chantagem" dos cidadãos que fazem greve de fome pela libertação de presos, como Guillermo Fariñas, que está sem ingerir alimentos há mais de um mês. Tais presos são consideradas por Havana como "mercenárias" a serviço dos Estados Unidos.
Contando que acompanhou pela televisão o congresso, Fidel, de 83 anos, ressaltou que "foi um dos momentos mais em emocionantes da minha longa e azarada vida". O ex-mandatário — que se desligou do cargo máximo em 2008 por motivos de saúde — considerou também de "especial importância a necessidade de superar e vencer tudo que conspire contra o desenvolvimento saudável da nossa economia".
Fariñas, de 48 anos, iniciou a greve de fome um dia depois da morte de Orlando Zapata Tamayo, outro opositor ao governo cubano que faleceu em razão de um protesto semelhante, no dia 23 de fevereiro. Hospitalizado na cidade de Santa Clara desde 12 de março, Fariñas exige em vão que 26 presos sejam libertados e já reiterou diversas vezes que "está disposto a morrer" por essas pessoas.
Da Redação, com informações da Ansa Latina