Movimentos sociais debatem trabalho escravo em audiência pública

No dia 16, os movimentos sociais debateram, em audiência pública, a situação do trabalho escravo e a superexploração em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

No ano de 2009, o município de Campos liderou o índice de trabalho escravo no Brasil. Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, que promoveu a audiência, o Grupo J. Pessoa, dono da Usina Santa Cruz e de maior reincidência em trabalho escravo e crimes trabalhistas, assim como o Grupo Othon, dono das Usinas Barcelos e Cupim, também reincidente nessas práticas, fecharam suas usinas sem cumprir os direitos trabalhistas, deixando mais de 2.000 trabalhadores desempregados e em estado de miséria.

Várias entidades do movimento sindical e social fizeram uma manifestação nas ruas de Campos para denunciar o trabalho escravo. Eles se concentraram na Praça São Salvador, no Centro, e seguiram pela Avenida Alberto Torres até a Câmara de Vereadores, local da audiência. Participaram do ato, os sindicatos dos Trabalhadores da Cedae e dos Trabalhadores Rurais, Pastoral da Terra, CTB, UJS, Sepe-Campos, MST, Fetag e diretórios estudantis.

A professora Odete Rocha, presidente do Comitê Municipal do PCdoB de Campos, que participou da audiência pública, considerou o ato importante para denunciar e combater o trabalho escravo e elogiou o encontro, que segundo ela foi amplo e democrático, com a população tendo voz.