Após Brasil, China também afirma que prefere negociar com Irã
A chancelaria chinesa disse nesta terça-feira (20) que ainda há espaço para uma solução negociada a respeito do programa nuclear iraniano, apesar da mobilização de grandes potências para impor novas sanções ao país. O país asiático segue, assim, o tom adotado por outros países como o Brasil que preferem dar uma chance ao Irã.
Publicado 20/04/2010 20:17
A China, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, é um dos países que participam das negociações que podem levar a uma quarta rodada de sanções internacionais à República Islâmica. EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e Alemanha também estão nesse processo.
O regime chinês, que tem grandes interesses econômicos no Irã, reluta em aceitar novas sanções, argumentando que elas não necessariamente induzirão Teerã a abandonar seu programa nuclear.
Jiang Yu, porta-voz da chancelaria chinesa, disse a jornalistas que as seis potências têm discutido "elementos" de uma futura resolução do Conselho de Segurança, proposta pelos EUA. Mas salientou que Pequim mantém a esperança de uma solução negociada.
"Já declaramos muitas vezes que o fato de os seis países lançarem negociações em Nova York não significa que a porta esteja fechada ao diálogo e às negociações", disse. "Sempre acreditamos que o diálogo e as negociações são os melhores canais para resolver a questão nuclear do Irã", acrescentou.
Diplomatas disseram na semana passada à Reuters que o embaixador da China na ONU havia manifestado insatisfação com as propostas de sanções que afetem o setor energético do Irã. A China é grande compradora do petróleo iraniano, além de ter outros investimentos no país.
Fonte: Reuters