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Representante das mulheres, Dilma é pré-candidata a "presidenta"

A coordenação da campanha de Dilma Rousseff (PT) decidiu seguir um padrão adotado por Michelle Bachelet, primeira mulher presidente do Chile, e dizer que a ex-ministra da Casa Civil é pré-candidata a "presidenta". A cúpula de campanha de Dilma avalia que a palavra no feminino pode marcar um diferencial na candidatura e reforçar a ideia de uma mulher na Presidência.

De acordo com a imprensa, a campanha submeteu o "presidenta" a uma pesquisa. Segundo se constatou, as pessoas estranham no início o termo no feminino, mas depois aprovam. A própria Dilma Rousseff também gostou da solução.

As palavras "presidente" e "presidenta" são corretas, embora a forma feminina seja pouco usada. Maria Helena de Moura Neves, professora do Mackenzie e da Unesp, avalia que não é necessário usar "presidenta", mas diz que, do ponto de vista da campanha, "faz sentido, porque valoriza o fato de o PT estar lançando uma mulher à Presidência".

Para Regina Dalcastagnè, professora da UnB, é impossível saber se isso terá impacto eleitoral positivo, mas diz que a questão "é política em sentido amplo, pois marca a presença do feminino e rompe com a uniformização na língua, sempre no masculino".

Também da UnB, Susana Moreira de Lima diz que "o correto é usar 'presidenta', pois é a palavra registrada para designar a mulher que preside": "A discussão é saudável, porque traz a questão do machismo na linguagem".

Com Folha Online