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Centralização do capital: aquisição cria gigante do ar

A crescente concentração e centralização do capital funciona como uma lei do desenvolvimento do capitalismo moderno, que leva à formação de monopólios gigantescos em todos os ramos e setores da economia. Nesta 2ª tivermos notícia de mais um caso exemplar deste processo histórico, que foi a aquisição da Continental Airlines pela WAL Corp, controladora da United Airlines.

A compra foi efetivada por cerca de US$ 3,17 bilhões em ações e resultou na formação da maior companhia aérea do mundo. O valor proposto representa um ágio de 1,5% sobre o valor da ação da Continental na sexta-feira (30-4). O nome da companhia aérea combinada será United Airlines e o nome da empresa holding será United Continental Holdings Inc.

Receita de US$ 29 bilhões

O presidente-executivo da Continental, Jeff Smisek, vai comandar a companhia combinada que gera mais de US$ 29 bilhões anuais em receita, enquanto o presidente-executivo da UAL, Glenn Tilton, será o presidente do conselho.

Se aprovada por autoridades e acionistas, a operação deverá produzir entre US$ 1 bilhão e US$ 1,2 bilhão em benefícios anuais de receita e custo até 2013. As empresas esperam completar a transação no quarto trimestre deste ano.

O acordo marca a primeira fusão importante na indústria aérea dos Estados Unidos desde que a Delta Air Lines comprou a Northwest em 2008 e encerra meses de especulação sobre nova consolidação no setor.

Trabalhadores preocupados

A United e a Continental informaram que a companhia combinada expandirá serviços com uma sobreposição mínima de rotas domésticas e nenhuma internacional. A empresa unida terá 10 hubs, sendo Houston o maior, e uma força de trabalho de quase 90 mil pessoas.

Fusões e aquisições geralmente não são boa notícia para os trabalhadores, pois costumam ser acompanhadas de plano de enxugamento de pessoal, além de flexibilização e redução de direitos. A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores da Indústria Aeroespacial informou em comunicado que está preocupada com os efeitos da compra sobre os benefícios e estabilidade de emprego de seus mais de 26 mil membros em ambas as empresas. Os trabalhadores prometem lutar em defesa dos seus interesses.

Da redação, com agências