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Gordon Brown renunciará à liderança trabalhista e ao governo

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou nesta segunda-feira (10) que vai renunciar à liderança do Partido Trabalhista até setembro, sem deixar claro em que dara renunciará ao cargo de premiê. Segundo a mídia inglesa, Brown não tem interesse em permanecer "por mais tempo do que o necessário para formar um governo estável".

Em pronunciamento em frente à sede do governo britânico, Brown afirmou que espera que seu sucessor já ocupe o cargo de primeiro-ministro a tempo da convenção do partido Trabalhista, que será realizada em setembro.

Brown afirmou ainda que os trabalhistas darão início a conversas formais com o partido Liberal Democrata para tentar formar um governo.

O Partido Conservador conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento e a maioria dos votos nas eleições gerais da última quinta-feira. Desde então, os conservadores liderados por David Cameron têm mantido conversas com os liberais-democratas, mas nenhum acordo foi alcançado.

Brown afirmou que há potencial para um “governo progressista” e que o seu pedido visa facilitar uma aliança de Trabalhistas e Liberais-Democratas para formar governo.

Vale lembrar que não tendo um partido a maioria absoluta de deputados, mantém-se no cargo o atual primeiro-ministro. A demissão de Brown é apontada como uma estratégia para aliciar Clegg, que já afirmou anteriormente que aceitava trabalhar com os trabalhistas mas não com Brown.

Horas mais cedo, a equipe de negociadores dos liberais-democratas — que há dias conversa com os conservadores — revelou que também se encontrou com líderes trabalhistas, em segredo.

O líder liberal-democrata, Nick Clegg, considerou a renúncia de Brown como um "elemento importante" para um eventual pacto de governo entre ambos os partidos.

Da redação, com agências