Deputados defendem votação da pensão dos soldados da borracha
Com a aprovação da proposta, ex-seringueiros alistados pelo governo entre 1943 e 1945 para extrair borracha da Amazônia e abastecer mercado bélico durante a II Guerra Mundial terão benefícios equiparados aos dos ex-combatentes militares
Publicado 11/05/2010 23:41 | Editado 04/03/2020 16:12

A PEC, apresentada pela deputada Vanessa Graziotin, eleva a pensão dos ‘soldados da borracha’, como ficaram conhecidos trabalhadores, principalmente no Nordeste, recrutados pelo governo federal em 1943 para reforçar a produção de borracha na Amazônia com o objetivo de sustentar a indústria bélica dos países aliados na Segunda Guerra Mundial. A proposta equipara o benefício dos ex-seringueiros ao dos ex-combatentes militares e cria um abono referente ao 13º salário.
"A aprovação da PEC fará justiça a uma parcela da população que foi muito útil ao País e tem um grande valor simbólico ao povo da Amazônia", disse a deputada Perpétua Almeida, relatora da proposta na comissão especial que analisou a matéria. Ela informou que existem cerca de 12 mil ex-soldados da borracha que recebem benefício de dois salários mínimos ao mês.
O presidente Michel Temer se disse favorável à proposta e sugeriu ao parlamentares que, na reunião de líderes marcada para hoje, defendessem a inclusão na pauta. "Pedi aos líderes que cada um apresente três PECs para que sejam pautadas como prioritárias. Havendo consenso, a PEC 556/02 poderá, sim, ser incluída", afirmou Temer.
Segundo Claudionor Ferreira Lima, de 86 anos, um dos ex-seringueiros que participou da reunião, aumenta o número de ex-soldados que morrem a cada ano. "Muitos não podem nem mesmo comprar remédios com o valor atual das pensões e, ainda, estão em idade avançada. Eu sou um dos mais jovens", disse.
Eduardo Valverde informou que uma caravana estava saindo de ônibus de Porto Velho para Brasília com os soldados da borracha, mas devido ao problema de saúde de muito deles a viagem foi cancelada.
Fonte: Agência Câmara e Assessoria de imprensa da deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM)