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Governo Lula anuncia novo recorde na geração de empregos

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou nesta segunda-feira (17) uma boa notícia para a classe trabalhadora. Exibindo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o ministro Carlos Lupi informou que a economia nacional gerou 305 mil novas vagas no mercado formal de trabalho em abril. Um recorde que traduz uma marca do atual governo em relação à administração tucana de FHC, que se notabilizou por elevar o desemprego a um nível recorde.

No acumulado do ano, o número de vagas criadas é de 962.327. Foram quatro recordes seguidos desde o início do ano. No final de abril, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, elevou para 2,5 milhões a previsão de novos empregos formais a serem gerados neste ano. A projeção oficial anterior era de 2 milhões, mas Lupi já tinha avisado que esse número seria revisado para cima diante do resultado dos primeiros meses de 2010.

Crescimento econômico

Se a previsão se concretizar, 2010 entrará para história com número recorde de geração de empregos formais. O ano de 2007 ainda guarda a maior marca: 1,617 milhão de vagas com carteira. "Estamos reavaliando porque em 2009 houve uma contenção na contratação. Em 2010, [o empresário] teve que contratar mais do que o previsto", aponta Lupi. O ministro deu a entender que este resultado se deve basicamente à forte recuperação e crescimento da economia nacional e disse acreditar que o Brasil crescerá de 7% a 7,5% neste ano.

"Os economistas querem amedrontar como se o Brasil estivesse marcado para não crescer. O Brasil tem tanta necessidade quanto a China de crescer", defendeu. Para Lupi, o número de vagas em maio vai ficar abaixo do registrado em abril. A previsão do ministério aponta geração de 240 a 280 mil novos empregos formais.

Contraste

O desempenho do mercado de trabalho constitui um dos principais contrastes do atual governo com o anterior. Na época de FHC, a taxa de desocupação chegou a ultrapassar 20% da População Economicamente Ativa (PEA) nas maiores regiões metropolitanas, segundo as estatísticas do Dieese. Além disto, a precarização e a informalidade cresceram de modo assustador.

De cada 10 empregos criados na época, oito eram informais, ou seja, sem carteira assinada. Com Lula, ocorre precisamente o contrário: de cada 10 vagas geradas pelo menos oito são com carteira assinada. A performance do mercado de trabalho não é obra do acaso, do infortúnio ou da sorte. Tem muito a ver com a política econômica.

FHC: campeão do desemprego

O recorde do desemprego observado na era FHC foi o rebento natural da política econômica aplicada pelos tucanos. O senhor José Serra (como ex-ministro do Planejamento) não só foi cúmplice desta façanha antipopular e reacionária, como deu continuidade à mesma orientação no governo paulista.

As privatizações, a desnacionalização da economia, a diplomacia dos pés descalços (subserviente aos EUA e à União Europeia), a “flexibilização” da legislação trabalhista, a política cambial que atrelou artificialmente o valor do real ao do dólar (conduzindo a economia para o caminho da dolarização), os juros mais altos da nossa história, o superávit fiscal, foram fatores, entre outros, que contribuíram fortemente para o baixo crescimento da renda nacional e a expansão do desemprego e da precarização. Por isto, FHC foi campeão do desemprego.

Fortalecimento do mercado interno

Da mesma forma, as mudanças promovidas pelo governo Lula, traduzidas na valorização do salário mínimo, política externa soberana, com diversificação do destino das exportações e distanciamento crítico dos EUA e União Europeia, interrupção das privatizações, fortalecimento das estatais que sobreviveram ao entreguismo tucano, reversão da política do chamado “Estado mínimo”, estabelecimento de medidas anticíclicas no momento mais agudo da crise mundial, entre outras, ajudaram (e muito) para o resultado atual.

A nova política, com destaque para o aumento do valor real do salário mínimo, promoveu o fortalecimento do mercado interno, o que impulsionou a recuperação e crescimento da produção. O resultado foi igualmente favorecido pela mudança da política externa, que priorizou as relações com os países da América Latina, o comércio Sul/Sul e a parceria (estratégica) com a China. Por tudo isto, Lula deve concluir seu segundo mandato como um campeão da geração de empregos.

Emprego e eleição

Embora possa não parecer, os números divulgados pelo ministro do Trabalho estão associados ao crescimento da pré-candidata do PT e das forças progressistas, indicada por Lula, à Presidência da República. O povo não é bobo. Sente na própria pele e sabe muito bem as diferenças entre os tucanos e o governo Lula, entre José Serra e Dilma Roussef.

O tucano, que privatizou o que lhe foi possível em São Paulo, procura passar a imagem de que, se eleito, dará continuidade ao governo Lula, mas este discurso falso não funciona e terá de ser mudado. O eleitor percebe que se trata de um lobo vestido de cordeiro e não vai se deixar enganar e que se Serra vencer todas as misérias do governo FHC (desemprego em massa, salários em queda, redução de direitos, desnacionalização, violência crescente, degradação das condições de vida do povo) estarão de volta. Mas, ele não vai vencer. O pronunciamento das urnas em outubro vai fechar as portas da história à possibilidade de retrocesso.

Da redação, Umberto Martins, com agências