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Coreia do Norte põe exército de prontidão

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, ordenou que o exército de seu país esteja pronto para combate, segundo informou nesta terça-feira, 25, a agência de notícias Yonhap. Um grupo de observadores chamado Solidariedade de Intelectuais da Coreia do Norte disse que fontes informaram que as ordens de Kim foram anunciadas na semana passada, em um discurso transmitido pela televisão.

Nesta terça a Coreia do Norte acusou a Coreia do Sul de ter ultrapassado fronteiras marítimas e ameaçou responder com uma ação militar. A ameaça foi feita em uma mensagem às forças armadas sul-coreanas, segundo a agência de notícias Korean Central. Nos últimos dias, dezenas de navios sul-coreanos invadiram águas norte-coreanas, segundo o país do Norte.

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"Essa é uma provocação deliberada que tem intenção de provocar outro conflito militar no Mar Amarelo e, por isso, coloca em posição de guerra as atuais relações norte-sul, que atingiram o ponto mais baixo", disse a mensagem divulgada hoje, de acordo com a Korean Central. Se as invasões continuarem, o Norte "vai colocar em vigência medidas militares práticas para defender suas águas, como já deixou claro, e o Sul será totalmente responsável por todas as consequências".

Um porta-voz do exército da Coreia do Sul negou que qualquer um dos navios do país tenha ultrapassado a fronteira conhecida como Linha de Limite do Norte. O local foi cenário de batalhas entre 1999 e 2002 e de um incidente que deixou um barco de patrulha norte-coreano em chamas em novembro do ano passado.

Investigação

Na semana passada, o governo da Coreia do Sul revelou os resultados de uma investigação multinacional que teria concluído que um submarino norte-coreano torpedeou um navio militar sul-coreano, chamado Cheonan, no dia 26 de março, perto de uma fronteira marítima disputada pelos dois países. No incidente, 46 pessoas morreram.

A Coreia do Sul afirmou ontem que vai buscar punição para a Coreia do Norte pelo que chamou de provocação militar e anunciou várias medidas, como a suspensão do comércio com o vizinho do Norte. A Coreia do Norte nega envolvimento no afundamento do navio sul-coreano.