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Em clima de unidade, centrais definem detalhes finais da Conclat

“Um clima de unidade e muita animação” marcou a reunião realizada nesta sexta-feira (28) em São Paulo pelos dirigentes das cinco centrais sindicais que estão organizando a nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), de acordo com informações de João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).

“Depois de muitas reuniões as centrais (CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CGTB) definiram os documentos que irão nortear os debates da conferência, o Manifesto político e a Agenda da Classe Trabalhadora por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”, comentou Batista. “Fizemos nove versões, mas no final saiu um documento que reflete nossa unidade”.

“Um êxito”

O dirigente da CTB considera que a Conclat “já é um êxito” em função do grau de unidade conquistado. Ele revelou que serão apresentados dois vídeos durante o evento, “um deles sobre os seis eixos da nossa agenda e outro que conta a história das ações unitárias que realizamos no caminho da unidade, com destaque para as marchas da classe trabalhadora em Brasília.

Os vídeos serão apresentados por representantes das mulheres. Os seis eixos da agenda da classe trabalhadora são:

• Crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno;
• Valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social;
• Estado como indutor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental;
• Democracia com efetiva participação popular;
• Soberania e integração internacional;
• Direitos Sindicais e Negociação Coletiva

A FSM (Federação Sindical Mundial) será representada na conferência pelo seu secretário para as Américas, Ramón Cardona. O sindicalista Rafael Freire, membro do secretariado da CSA (Confederação Sindical das Américas), também estará presente. Os presidentes de seis partidos (PMDB, PT, PDT, PCdoB, PSB e Pátria Livre) também falarão durante o ato político da Conclat, que terá pronunciamentos de algumas lideranças dos movimentos sociais (MST, UNE e CMS).

Mais de 550 ônibus sairão em caravana de vários Estados com destino a São Paulo para participar da Conclat. Centenas de sindicalistas virão um dia antes para a Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais, organizada pela CMS, que será realizada segunda (31) na Quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo. "Apelamos ao espírito guerreiro dos militantes para superar os eventuais problemas", conclamou Batista.

A Conclat ocorrerá no Pacaembu e deve começar, sem atraso (prometem os organizadores), às 10 horas, estendendo-se até 14 horas, quando o estádio terá de ser desocupado. A infra-estrutura (incluindo lanche e segurança) está sendo preparada pelas centrais. O presidente Lula ainda não confirmou presença, mas os dirigentes das centrais acreditam que participará.

Clique aqui para ter acesso à versão final do Manifesto Político e da Agenda da Classe Trabalhadora propostos à Conclat.

Da redação, Umberto Martins