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Entidades e pastorais debatem rumos do país em Assembleia da AP

Atividades, que se encerram nesta sexta-feira (28/5), são realizadas desde terça (25/5), reunindo cerca de 600 militantes ligados aos movimentos e pastorais sociais, entidades e organizações populares em Luiziânia (GO), na 2ª Assembleia Popular Nacional, organizada pela Assembleia Popular (AP)

Apontar os possíveis caminhos para um Brasil mais justo e que esteja a serviço do bem comum da população, resgatar o tema da esperança para o debate das lutas do povo e promover a articulação das organizações populares do país diante da atual conjuntura política são os principais objetivos da 2ª Assembléia Popular Nacional (APN).

A 2ª Assembléia Popular Nacional vem de um processo amplo de articulação e organização de várias campanhas, redes e movimentos sociais no Brasil. Desde 2005, quando ocorreu a 1ª Assembléia Nacional, estados e municípios debatem a construção "do Brasil que queremos".

31 de maio

A Assembleia Popular (AP) foi convidada a ter representante também na mesa da Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, marcada para ocorrer na próxima segunda-feira (31/5), por organização das entidades que compõem a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).

Mobilizações nacionais como a Campanha contra a ALCA, a Campanha pela Reestatização da Vale, as Semanas Sociais Brasileiras e a Campanha Contra os Altos Preços da Energia Elétrica foram assumidas pela Assembléia Popular (AP) como um instrumento de intenso debate com a sociedade e revelaram a grande necessidade de organização popular. Segundo Luiz Bassegio, da coordenação nacional da AP, além de refletir sobre o Brasil que as organizações querem construir, este é um momento de fortalecer o poder popular e de preparar as lutas do próximo período. "Nos últimos anos, os estados se envolveram com a realização de atividades concretas, elaboração e estudo do instrumento de preparação para a 2ª AP Nacional. De agora em diante, o nosso desafio é ampliar as articulações com setores do campo e da cidade. É urgente que cada vez mais os trabalhadores e trabalhadoras estejam envolvidos em lutas políticas, através dos debates, mobilizações e participação efetiva", afirmou.

O Brasil que queremos

Os representantes estaduais que participam do evento discutem diferentes temas que envolvem a revisão do documento "O Brasil que queremos. Assembléia Popular, mutirão por um novo Brasil". Os debates abordam temas como os direitos ambientais, civis, políticos, sociais, econômicos e culturais. Cada um desses eixos pretende abordar a realidade da organização, formação e luta dos setores populares. A intenção, ao fim do encontro, é apontar para a concretização destas frentes nas comunidades camponesas e urbanas no próximo período.

Entre as organizações que integram a Assembleia Popular estão as Pastorais Sociais da CNBB, Cáritas Brasileira, Grito dos Excluídos, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Consulta Popular, Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Via Campesina, Uneafro, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Jubileu Sul.  

Da redação, com informações do Brasil de Fato