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Jornalista que Veja acusou por 'dossiê' deixa campanha de Dilma

O jornalista Luiz Lanzetta, da empresa Lanza Comunicação, deixou neste sábado (5) a coordenação da área de comunicação da campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), após as suspeitas de que ele teria coordenado a elaboração de um dossiê contra o adversário José Serra (PSDB). A direção petista nega as acusações e diz que o PSDB tenta criar um factoide para esconder uma crise dentro da própria campanha.

De acordo com o deputado federal André Vargas, secretário de comunicação do PT, Lanzetta decidiu deixar de prestar serviços à campanha de Dilma para não ficar entre o “fogo cruzado” com os tucanos, que hoje anunciaram que vão pedir que a Polícia Federal investigue o caso.

"O PSDB quer criar agora mais um factoide, então quando o Lanzetta percebeu que estava sendo usado nesse joguinho, ele decidiu sair", comentou Vargas.

Ainda segundo o dirigente petista, o jornalista foi procurado por agentes oficiais que ofereceram o material contra o ex-governador paulista, porém, ele não aceitou a oferta. Segundo reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, entre os agentes envolvidos estão o sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, recém-saído do serviço secreto da Aeronáutica, e o delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza.

"Eles [os agentes oficiais] ofereceram esse serviço para o Lanzetta, mas ele não aceitou, e o PT nunca aceitou isso porque não quer saber de dossiê nenhum. Nós queremos discutir ideias. Isso é mais um factoide tucano", afirmou André Vargas.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, minimizou a participação de Lanzetta na campanha de Dilma. Ouvido pelo R7, Dutra afirmou que Lanzetta não pode responder pelo comitê de campanha.

O caso virou tema de intensa troca de acusações entre PT e PSDB após reportagem da revista Veja relatar o suposto episódio na última semana.

Com informações do R7