Liga Árabe reclama apoio mundial contra bloqueio a Gaza

Ao realizar a primeira visita de um diplomata árabe a esta faixa costeira desde que o grupo islamista Hamas tomou o poder, em junho de 2007, Moussa condenou as medidas opressivas que Israel pratica contra os palestinos, tanto aqui como na Cisjordânia em Jerusalém Oriental.

O diplomata de nacionalidade egípcia ingressou na faixa através do posto fronteiriço de Rafah, situado na fronteira sul com Egito, e assegurou que sua organização trabalha "seriamente" para conseguir que se levante o cerco naval e terrestre a 1,5 milhões de palestinos.

Moussa entrevistou-se com o líder local do Hamas e premiê palestino deposto, Ismail Haniyeh, mas o fez em sua casa, em lugar do escritório, decisão que alguns valorizaram como forma de não reconhecer tacitamente o governo de fato dos islamistas.

Ademais, visitou o complexo médico da el-Shifa, nesta cidade capital, bem como a escola da el-Fakhoura, o distrito de Ezbet Abd-Rabou, em Jabalia (ao norte) e a área de Samouni, em uma apertada agenda coberta por dezenas de meios de comunicação locais e exrangeiros.

A viagem do titular da entidade árabe ocorre duas semanas após militares do exército sionista terem atacado em águas internacionais do Mar Mediterráneo uma frota internacional com ajuda humanitária que se dirigia para Gaza, causando nove mortos.

Desde aquela letal agressão, que deixou também 48 feridos, o Egito abriu por tempo indefinido sua fronteira de Rafah, que havia sido mantida fechada em apoio ao bloqueio israelense desde que Hamas expulsou seu rival el-Fatah, liderada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.

"Este bloqueio deve ser levantado e deve ser rompido, e a decisão da Liga Árabe é muito clara a respeito disto", assinalou Moussa, que disse estar "ansioso" por poder caminhar pelos territórios palestinos sem a ocupação sionista.

Dirigentes palestinos destacaram que a visita tenta também estimular a retomada das negociações para a reconciliação entre o el-Fatah e o Hamas, sob mediação do Egito.

Para o ministro de Saúde do governo de fato em Gaza, Basem Naeem, a presença de Moussa "é sinal de que o boicote entre Gaza e o mundo árabe se rompeu", e confiou que seja o início de um plano prático para levantar o bloqueio "de uma vez e de modo total".

Fonte: Prensa Latina

cc
Modificado el ( domingo, 13 de junio de 2010 )