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Trabalhadores alemães e italianos ocupam as ruas contra arrocho

Dezenas de milhares de alemães protestaram neste sábado (12) contra o que está sendo considerado como o maior pacote de austeridade da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial. O governo da coalizão direitista e cada vez mais impopular da chanceler Angela Merkel acertou, na última segunda-feira, um pacote de cortes orçamentários para trazer o déficit federal de volta aos limites estabelecidos pela União Europeia até 2013.

A polícia estimou que cerca de 10 mil pessoas participaram dos protestos contra o pacote em Stuttgart, mas os organizadores disseram que entre 15 mil e 20 mil se manifestaram em Berlim. "A crise é chamada capitalismo", "Emprego, direitos humanos, futuro seguro para todos" e "Aposentadorias dignas" estavam entre as mensagens pintadas em faixas carregadas pelos manifestantes.

O governo de Merkel propôs economizar 30 bilhões de euros nos próximos quatro anos em direitos sociais, principalmente com mecanismos de amparo a desempregados e cortes de milhares de empregos no governo federal. Uma pesquisa mostrou que 79% dos alemães acreditam que o pacote de cortes não é equilibrado socialmente e 93% acham que as medidas não são suficientes para cumprir a meta de economias estabelecida pelo governo.

Itália

Milhares de italianos participaram de manifestações em Roma neste sábado para protestar contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo, que incluem corte de financiamento a governos locais e congelamento de salários do setor público.
A manifestação "O peso está todo sobre nossos ombros", promovida pelo maior sindicato da Itália, acontece antes da greve de um dia marcada para 25 de junho contra o plano de 25 bilhões de euros (R$ 54,7 bilhões) em cortes de gastos aprovado pelo governo do premiê italiano Silvio Berlusconi.

A Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL) afirma que as medidas de austeridade são injustas, com uma parcela desproporcional dos cortes recaindo sobre a classe trabalhadora mais pobre. O grupo sindical tem mais de 6 milhões de membros, mais da metade deles aposentados.

Estudantes, aposentados, trabalhadores temporários e funcionários públicos fizeram uma passeata pela região central de Roma segurando balões e bandeiras vermelhas.
"Há uma parte da população, principalmente funcionários públicos, mas também trabalhadores do setor privado, que estão sustentando praticamente todo o sacrifício", disse Guglielmo Epifani, diretor do CGIL. "Há outra parte do país que não está sendo chamada para fazer os sacrifícios que poderia fazer."

A entidade informou que cerca de 100 mil italianos participaram da manifestação. O número não pode ser verificado de maneira independente.

Com agências