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Japão: aumenta rechaço a plano sobre base dos EUA

O governador de Okinawa, Hirokazu Nakaima, reiterou nesta terça (15) sua rejeição ao plano para transferir uma base norte-americana para essa região, expressou ao primeiro-ministro Naoto Kan, defensor de um acordo com os Estados Unidos sobre o assunto.

Em uma reunião no gabinete do governo japonês, Nakaima disse a seu interlocutor que será "muito difícil" aceitar a proposta relativa à transferência da base de Futenma, da cidade de Ginowan, ao distrito de Henoko, ambas em Okinawa, segundo participantes do encontro citados pela mídia.

Ele também convocou o governo a fazer maiores esforços para reduzir o peso que a presença das forças do Pentágono representa à população desse território, onde se concentram, e lembrou que os crimes e acidentes nos quais tropas dos EUA estão envolvidas só aumentam.

Falando aos jornalistas logo após as primeiras conversações entre os dois lados, o visitante assinalou que "não temos outra opção que não seja trocar opiniões com o governo, para encontrar uma nova direção", afirmou, acrescentando que "vamos continuar a apresentar solicitações."

A base de Futenma tem ocupado o governo liderado pelo Partido Democrático do Japão desde que este assumiu o cargo, em setembro passado, até então com Yukio Hatoyama como primeiro-ministro, que recentemente se viu forçado a renunciar em meio a uma forte queda no apoio à sua gestão, ao quebrar uma promessa eleitoral associada à instalação da base.

Hatoyama disse que iria rever um pacto assinado com os Estados Unidos em 2006, para aliviar o peso que a presença militar impõe sobre o povo de Okinawa. Sua proposta incluía a retirada da base da ilha e, possivelmente, do país. No entanto, em 28 de maio, os dois países anunciaram um novo acordo que é, fundamentalmente, muito semelhante ao plano original, sempre rechaçado pelas autoridades da prefeitura e a população local.

Kan, que assumiu o cargo na semana passada, insiste na aplicação do pacto, uma posição que corresponde aos argumentos apresentados em seu primeiro discurso ante a Dieta (Parlamento), onde declarou que o Japão reforçará a sua aliança com os EUA.

Conforme anunciado, o chefe do governo vai viajar para Okinawa no próximo dis 23, para um evento associado a II Guerra Mundial, ocasião em que também dialogará com Nakaima.

Fonte: Prensa Latina