Sob sanção, Irã manterá programa nuclear para fins pacíficos
Sob sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou hoje (15) que manterá o programa de desenvolvimento nuclear. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ramin Mehman-Parast, disse que, apesar de todas as
pressões, as atividades pacíficas do programa vão continuar, de acordo com as regras estabelecidas pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).
Publicado 15/06/2010 13:39
As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna. “Apesar de todas as pressões ilógicas e insensatas exercidas pelo Ocidente e pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a República Islâmica do Irã irá enfatizar o direito inalienável, que é a força da energia nuclear para fins pacíficos”, disse Parast.
Segundo o porta-voz, o desenvolvimento nuclear coopera também com o aprimoramento de outras áreas, como os setores industrial, agrícola, medicinais e da própria energia. Parast reiterou que o Irã vai “cumprir as exigências” estabelecidas pela Aiea.
Para o governo iraniano, o acordo nuclear, fechado no mês passado com o apoio do Brasil e da Turquia, não tem relação alguma com a manutenção do programa nuclear para fins pacíficos. Pelo acordo, o Irã deve enviar 1,2 mil quilos de urânio levemente enriquecido (a 3,5%) para a Turquia. Em contrapartida, no período de até um ano, receberá 120 quilos de urânio enriquecido a 20%.
No entanto, uma campanha internacional liderada pelos Estados Unidos foi vitoriosa. Para os norte-americanos, franceses, ingleses, chineses e russos, o programa nuclear iraniano esconde a produção de armas atômicas. Ahmadinejad nega as suspeitas. Segundo o presidente do Irã, o programa tem fins exclusivamente pacíficos.
Na última quarta-feira (9), o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por 12 votos favoráveis, uma série de sanções ao Irã. Apenas o Brasil e a Turquia foram contrários às medidas. O Líbano se absteve.
Fonte: Agência Brasil