Fidel visita aquário e lamenta desastre no Golfo do México
Em oito dias, o ex-presidente de Cuba Fidel Castro, de 83 anos, fez ontem (15) a quarta aparição pública. Fidel visitou o Aquário Nacional de Cuba, em Havana, onde assistiu a espetáculos com golfinhos e conversou com funcionários e crianças, permanecendo no local por uma hora e meia. Ele aproveitou para lamentar os efeitos do derramamento de óleo no Golfo do México.
Publicado 16/07/2010 11:57
Vestido informalmente de camisa xadrez, calça esportiva e tênis, ele conversou com visitantes e funcionários. “Trabalhar com mulheres é muito bom e muito mais seguro”, disse o líder, na conversa com funcionárias. Uma delas a veterinária Celia Guevara March, filha de Che Guevara, companheiro de Fidel na Revolução de Cuba.
Fidel se interessou sobre o trabalho dos treinadores, perguntando sobre a relação com animais e os riscos de ataque, muito raros e apenas devido a erros humanos, conforme explicaram os profissionais, já que os golfinhos são muito sociáveis,
"É uma honra que o comandante tenha vindo nos visitar, pois ele sempre se interessou muito pelo desenvolvimento da instituição", disse o vice-diretor de Relações Públicas do Aquário, Francisco Franquiz.
Fidel aproveitou a ocasião para lamentar os efeitos da mancha de óleo no Golfo do México. O próprio vice-diretor do Aquário informou que recebeu a notícias de que mais de 200 golfinhos e cerca de 55 tartarugas morreram como consequência do derramento de petróleo.
Segundo Fidel, os “danos ao ecossistema são profundos” e afetam várias espécies de animais e plantas. “Existem dois enormes perigos. O perigo de guerra e para o ambiente”, disse ele. O ex-presidnete da ilha lamentou que isso ocorra apesar do "extraordinário acúmulo de conhecimentos que se produziu nos últimos 60 anos, período em que triplicaram" as informações e descobertas. O líder da revolução cubana adiantou que está preparando uma nova reflexão em que borda estes temas.
O Aquário Nacional de Cuba, fundado há 50 anos, reúne mais de 3 mil espécies de animais. Segundo o jornal cubano, são 23 mamíferos marinhos, oito golfinhos e 15 leões-marinhos. Cerca de 25 mil turistas visitam o local a cada ano.
Com agências