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EUA vão impor novas sanções à Coreia do Norte

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou nesta quarta-feira (21), em Seul, que os Estados Unidos vão impor novas sanções econômicas e financeiras contra a Coreia do Norte.

Hillary afirmou que Washington estuda congelar os bens de bancos ou pessoas que realizem atividades vinculadas com a proliferação nuclear e restringir a entrada de diplomatas norte-coreanos nos EUA.

O objetivo é "desestabilizar" as políticas do regime comunista de Pyongyang, assinalou a secretária de Estado norte-americana.

Hillary declarou que seu país mantém três linhas estratégicas contra a Coreia do Norte: esforços diplomáticos com países aliados, reforço da aliança com a Coreia do Sul e pressão contra a cúpula norte-coreana.

Ela também exigiu que o país inicie um processo irreversível de desnuclearização, como condição imprescindível para uma eventual suspensão das sanções.

As sanções anunciadas nesta quarta-feira (21) aumentaram ainda mais as tensões na península coreana.

Cheonan

Os EUA insistem ainda que a Coreia do Norte reconheça a culpa no afundamento do navio sul-coreano Cheonan, em março deste ano, na península coreana.

O Cheonan afundou na noite de 26 de março depois de uma explosão. Dos 104 tripulantes do navio, apenas 58 foram resgatados com vida.

As autoridades da Coreia do Sul divulgaram em 20 de maio um relatório que atribui o incidente a um torpedo, supostamente, disparado por Pyongyang.

Os norte-coreanos refutam as acusações e insistem em enviar peritos para contribuir com as investigações – um pedido que Seul tem repetidamente negado.

Manobras militares

Na companhia dos ministros do Exterior e da Defesa da Coreia do Sul, Yu Myung-hwan e Kim Tae-young, Hillary e o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, visitaram a Zona Desmilitarizada, uma das fronteiras mais protegidas do mundo e último reduto da "Guerra Fria".

Os representantes se reuniram, antes, em Seul para o diálogo "2+2" realizado por ocasião do 60º aniversário do início da Guerra da Coreia (1950-1953).

O encontro dos representantes dos dois países gerou manifestações. Sul-coreanos seguraram cartazes com retratos de Hillary Clinton e Robert Gates em protesto contra a união militar dos EUA e da Coreia do Sul.

Da Redação, com agências