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Kirchner conversará com presidente eleito da Colômbia

O secretário-geral da Unasul, Néstor Kirchner, conversará nesta segunda (26) com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, antecipando encontro que estava marcado para o dia 7.

O secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Néstor Kirchner, conversará amanhã (26) com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, antecipando encontro que estava marcado para o dia 7 de agosto, ocasião em que Santos será empossado no cargo em substituição a Álvaro Uribe. Santos estará nesta segunda-feira em Buenos Aires, iniciando uma série de visitas a presidentes sul-americanos.

As visitas já estavam acertadas entre as chancelarias antes de o presidente venezuelano Hugo Chávez decretar, na última quinta-feira (22), o rompimento de relações diplomáticas com a Colômbia. Até o momento, Santos não se pronunciou sobre o conflito, uma vez que, segundo ele, qualquer posição oficial deve ser divulgada pelo ainda presidente Álvaro Uribe.

Kirchner já tem viagem marcada para Caracas, capital venezuelana, onde se encontrará com Hugo Chávez, no dia 5 de agosto. No dia 6, o secretário-geral da Unasul estará na capital colombiana, Bogotá, para conversar com Álvaro Uribe. Espera-se também para amanhã manifestação da presidente argentina Cristina Kirchner sobre o conflito entre a Venezuela e a Colômbia, logo depois de receber Juan Manuel Santos em audiência. Até o momento, a presidente mantém silêncio sobre o assunto.

Por outro lado, os ministros das Relações Exteriores dos países que formam a Unasaul deverão se reunir na próxima quinta-feira (29) em Quito, capital do Equador, para analisar e encontrar soluções que encerrem o conflito entre a Venezuela e a Colômbia. O encontro foi convocado pelo presidente equatoriano Rafael Correa, que também é o presidente temporário da Unasul, órgão formado pela Argentina, pelo Brasil, pela Bolívia, pelo Chile, pela Colômbia, pelo Equador, pela Guiana, pelo Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e pela Venezuela.

Na quinta-feira passada (22), o presidente Hugo Chávez decretou o rompimento das relações diplomáticas com o governo de Álvaro Uribe logo depois que o embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Alfonso Hoyos, apresentou, em sessão extraordinária do órgão, fotos, vídeos e depoimentos que comprovariam a existência de 87 acampamentos e de 1.500 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território venezuelano.

De acordo com o ministro colombiano das Relações Exteriores, Jaime Bermudez, vários países da América do Sul já se ofereceram para intermediar a solução do conflito com a Venezuela, entre eles o Brasil. Agora, segundo o chanceler, o importante para a Colômbia é desmantelar os grupos terroristas que "veraneiam" na Venezuela com a colaboração do governo de Chávez.

Bermudez disse que na reunião extraordinária da Unasul da próxima quinta-feira vai aprofundar as denúncias já apresentadas na OEA. O presidente da Bolívia, Evo Morales, também se pronunciou sobre o conflito, afirmando que a Unasul deve discutir o assunto em conjunto, porque "jamais os povos da América do Sul podem permitir uma guerra entre irmãos vizinhos".

Fonte: Agência Brasil