Esforço concentrado e debate na TV movimentam semana em Brasília

Os petistas apostam que Dilma Rousseff vai surpreender a todos com o seu desempenho, enquanto os tucanos dizem que Serra é mais preparado para enfrentar os adversários no debate na TV. Depois de semanas com troca de acusações e críticas por meio de discursos e entrevistas, os candidatos poderão fazer perguntas entre si. O debate será na quinta-feira (5) na TV Bandeirantes com Dilma Roussef (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (Psol).

A semana começa melhor para Dilma depois da divulgação da última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo em que ela aparece com 39% das intenções de voto e o tucano José Serra com 34%. A candidata Marina Silva aparece com a preferência de 7% dos eleitores.

Além do debate, a campanha de Dilma agendou dois importantes eventos esta semana: um almoço dos senadores da base, nesta terça-feira (3) e um almoço dos deputados na quarta-feira (4). Os encontros contarão com a presença de ministros. As conversas serão para atualizar a situação das campanhas no País e mostrar a unidade dos partidos da coligação. O interesse da campanha petista é tornar cada político um cabo eleitoral de Dilma.

Esforço concentrado

O recesso oficial de julho na Câmara e no Senado terminou nesta segunda-feira (2), mas, até as eleições, funciona o esquema de esforço concentrado. O primeiro ocorre esta semana. Os senadores têm até esta quarta-feira para aprovar a medida provisória que transformou em ministérios as secretarias especiais de Direitos Humanos, de Política para Mulheres, de Igualdade Racial e dos Portos.

Outras três MPs na pauta do Senado perderão a validade no próximo dia 9. Duas destinam créditos extraordinários para ministérios e órgãos do Executivo e outra autoriza o repasse de R$800 milhões para o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, voltado para os Estados das regiões Norte e Nordeste.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vai discutir com os líderes partidários a inclusão na pauta desta semana de três propostas de emenda constitucionais: a que eleva de 120 para 180 dias o período de licença maternidade, a que restaura o diploma de curso superior de jornalismo e a que beneficia os servidores dos ex-territórios de Roraima e Amapá.

Na Câmara, a situação é mais tranquila. As três medidas provisórias que estão trancando a pauta vão perder a validade no próximo mês. A MP que autoriza os Estados a contraírem empréstimos mesmo sem cumprir as metas do plano de ajuste fiscal perde a validade no dia 5 de setembro. As outras duas MPs trancando a pauta tratam de preparativos para as Olimpíadas de 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro. Elas perdem a validade no dia 22 de setembro, se não forem votadas pela Câmara e pelo Senado até essa data.

O segundo e último período de esforço concentrado marcado para antes das eleições está marcado para a primeira semana de setembro, dia 30 de agosto, dia 1º e 2 de setembro. Fora essas datas, os parlamentares estão desobrigados da presença no Congresso e não haverá votações.

Tempo na TV

Com o fim do recesso no Judiciário, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide nesta semana, por sorteio, a ordem de apresentação dos candidatos no programa do horário eleitoral gratuito, com início marcado para o dia 17 de agosto.

Também deverá ser oficializada a distribuição do tempo de propaganda, definido por lei. Pelos cálculos não oficiais, Dilma terá 10 minutos e 39, Serra terá 7 minutos e 18, Marina Silva, 1 minuto e 24, e Plínio de Arruda Sampaio, 1 minuto e 2. Os cinco demais concorrentes, de legendas sem representação na Câmara, terão fatias iguais de 56 segundos. Os blocos de 25 minutos serão exibidos três vezes por semana.

De Brasília
Com agências