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Chanceler venezuelano irá à posse de Manuel Santos na Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta sexta-feira, 6, que seu ministro das Relações Exteriores, Nicolas Maduro, irá à posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, no sábado.

"Sim, ele vai", disse Chávez ao ser questionado sobre o assunto, quando recebeu o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em Caracas, para um encontro bilateral. Antes, o venezuelano havia dito que "era muito provável" que maduro fosse a Bogotá. A Colômbia elogiou a atitude de Chávez, o que sinaliza uma distensão no conturbado relacionamento entre os dois países após a retirada de Uribe, um dedicado peão dos EUA na América Latina.

Provocação

A Venezuela rompeu relações diplomáticas com a Colômbia em julho após ser acusada na Organização dos Estados Americanos (OEA) de abrigar guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), hipótese rechaçada e considerada uma provocação intolerável.

Na noite de quinta-feira (5), Chávez recebeu o secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas, Néstor Kirchner, para tratar da crise diplomática com o país vizinho. O ex-presidente argentino deve se reunir hoje na Colômbia com Santos e o presidente em fim de mandato, Alvaro Uribe.

Distensão

A tensão entre os dois países vem diminuindo nos últimos dias, conforme se aproxima a posse de Santos.

Ontem, o general colombiano Freddy Padilla disse que seria impensável uma guerra com a Venezuela em função dos laços históricos, comerciais e de irmandade entre os países. Chávez respondeu que recebia “com afeto” as declarações do general e que também rejeitava entrar em guerra com a Colômbia.

A posse de Santos deve aliviar a tensão entre Colômbia e Venezuela. Apesar da distância ideológica entre os dois, o novo presidente deve assumir uma postura mais pragmática que o antecessor, Alvaro Uribe. Afinal, a guerra não interessa aos dois povos e nações que Bolívar lutou para unificar no passado. O conflito estimulado por Uribe faz parte da estratégia imperialista dos EUA na região e conta com a ativa cumplicidade da oligarquia local, reacionária e temerosa da influência da revolução bolivariano sobre a população e as Forças Armadas. Não é à toa que o império instalou sete novas bases na Colômbia, reativou a Quarta Frota, promoveu uma ocupação militar do Haiti e da Costa Rica e comandou, nos bastidores, o golpe militar contra Zelaya em Honduras, agindo sempre com invulgar hipocrisia em defesa da "democracia" e dos bons costumes, contra o narcotráfico e o "terrorismo".

Da redação, com informações da Agência Estado