Em Minas, Leci Brandão faz visita surpresa e apoia Paulão e Jô

Em Minas Lecy Brandão  faz visita surpresa e apoia Paulão e Jô

 Em Minas, onde fez um show na cidade de Lagoa Santa, a sambista fez questão de gravar uma participação na campanha à reeleição da deputada federal e candidata à reeleição, Jô Moraes (PCdoB/MG). "Procuro dar meu depoimento às candidaturas femininas comprometidas com a defesa dos mais pobres, com a igualdade, com as mulheres e com a ética", justificou.

E deu seu testemunho:"Jô está sempre presente lutanto pela educação, pelas mulheres, pela negritude, pelos direitos humanos", que se seguiu a uma salva de palmas da multidão que se aglomerou na entrada da sede do partido para vê-la.
 
Entre os presentes, o pessoal da Escola de Samba Cidade Jardim, que cantou o jingle da chapa majoritária da coligação "Todos juntos por Minas", puxado por Fabinho do Terreiro. Ele também puxou alguns trechos do samba enredo da agremiação. Antes, Dona Elisa já tinha cantado versos de alguns sambas de raiz diante da defesa intransigente do gênero por Jô Moraes, que denunciou a resistência dos grandes grupos de midia em executar esse tipo de música.

Embora estivesse com passagem marcada para São Paulo, Lecy resolveu fazer uma surpresa a Paulão. Do partido, junto com Jô Moraes, dirigentes e militantes, ela foi até o bairro Vera Cruz, onde acontecia a plenária de lançamento da campanha do ex-vereador Paulão.

Tambores
Tão logo entrou no auditório onde acontecia a plenária, ela foi reconhecida e abraçada pelos presentes. Solícita, tirou fotos, recebeu a emoção de Paulão, da criançada que queria tirar uma foto com ela, nem que fosse a partir do aparelho celular.

As Meninas de Sinhá, um grupo de mulheres cantoras da terceira idade, se apresentou para ela tocando tambores, cantando cantigas de roda, modinhas e outras da tradição oral.Dona Valdete da Silva Cordeiro, líder comunitária do Alto Vera Cruz e uma das fundadoras do grupo, explicou que a maioria delas era paciente psiquiátrica. Elas que se encontravam frequentemente no posto de Saúde da região. E só "superaram o excesso de medicamentos cantando, dançando, tocando. Se apresentando na comunidade, em BH, no mundo".

Elas presentearam a sambista com o CD, lançado em novembro, e com bonequinhas que confeccionam. Visivelmente emocionada, Lecy saudou e pediu a benção às Meninas de Sinhá e seus tambores: "Axé, oxalá, que as coisas boas nunca acabem", disse sob aplausos.
"Nós somos 50% da população, Paulão. Mas não estamos representados. Temos que botar nossa cara negra no empoderamento deste país.Estou aqui para lhe dar o meu abraço e de toda a equipe de São Paulo. fiquei feliz de chegar aqui e ver uma plenária de qualidade. Por que quem está aqui veio para te ouvir, participar. Não veio para uma festa, para uma cervejada. Isso significa que você está no caminho certo.

No caminho da inclusão do povo pobre; da igualde social. Isso é importante para que possamos lutar pela Lei Maria da Penha, pelas mudanças no Estatudo da Igualdade. É hora de nos unirmos e é por isso que estou aqui". E continuou: "Eu sou Lecy Brandão da Silva. Vim de uma comunidade pobre, sou filha de uma servente escolar. Também fui servente, telefonista. Deus quis que eu fosse cantora, sambista. Eu faço da minha arte um instrumento de defesa das comunidades pobres", pontuou.

Leci Brandão também destacou a importância dos mineiros no reconhecimento de sua arte: "Foi em Minas que fiz o meu caminho de cantora popular", revelou antes de viajar.
Em seu depoimento na plenária, Jô Moraes falou da emoção de Leci com as presenças de tantos representantes da comunidade, com a liderança popular de Paulão, com a apresentação das Meninas de Sinhá."Vocês conseguiram emocionar uma artista como a Leci Brandão!A presença de vocês mostra que vocês são as melhores, os melhores lutadores deste país. Tem gente ai com muito dinheiro, mas nós precisamos, o Brasil precisa é da força de vocês", disse aos quase trezentos participantes.