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Candidato ao Senado por AL, Bomfim fala sobre cenário atual

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (19) ao radialista e candidato a deputado estadual França Moura, que durou pouco mais de uma hora, Eduardo Bomfim (PCdoB), candidato ao Senado da Frente Popular por Alagoas, falou sobre diversos temas de interesse para Alagoas e para o Brasil, a defesa da candidatura de Ronaldo Lessa e a tentativa de indução ao erro no voto do segundo Senado.

Eduardo Bomfim e França Moura

Transmitida ao vivo no site de Fança Moura, a conversa também contou com a participação de internautas, que fizeram perguntas e elogiaram a postura de Bomfim. Para aqueles que não puderam conferir o programa – gravado no estúdio da TV Maceió – em tempo real, uma parte foi disponibilizada pelo radialista em seu site, e reproduzida no www.eduardobomfim.com.br.

Também foram separados os melhores trechos para leitura. Confira. 

A escolha pelo Senado
"Estou candidato não por um projeto pessoal, por um projeto mas inserido nesse momento importante que vive o Brasil, que vai decidir entre se desenvolver mais, com Dilma, ou voltar à estagnação, com Serra. Em toda minha trajetória política, defendi os interesses coletivos e lutei pela democracia e pelo desenvolvimento. Agora não poderia ser diferente".

Combate ao crack
"Vivemos hoje uma explosão de consumo do crack, uma droga devastadora que vicia rapidamente. Frequentemente nos deparamos com a história de um jovem com boa estrutura familiar que acabou mergulhando no crack, e a família passa a viver um drama. Sem falar nos crimes – assassinatos, roubos, agressão – cometidos por sua causa. É preciso um esforço nacional para combater essa droga, no âmbito federal, estadual e municipal, liderado pelo poder público. Eu defenderei o Programa Nacional contra o Crack, que não é nenhuma novidade, não fui eu que inventei: está na plataforma de Governo da Dilma Rousseff, candidata à presidência apoiada por Lula".

Desenvolvimento de Alagoas
"O Nordeste é a região brasileira que mais se desenvolveu no país, onde mais pessoas saíram da miséria e passaram a integrar a massa de consumidores. Não é à toa que o presidente Lula tem os mais altos índices de popularidade. Infelizmente, Alagoas é o estado que menos acompanha esse crescimento; não houve melhora significativa da qualidade de vida da população, e áreas fundamentais como saúde, educação e segurança passam por uma crise na gestão atual. Alagoas precisa acompanhar o desenvolvimento do Brasil".

Dívida pública
"Esta é uma questão complexa. É uma dívida que foi se arrastando, e não podemos responsabilizar um governo apenas por ela. Quero fazer aqui a defesa do ex-governador Ronaldo Lessa e candidato ao Governo, porque o atacam com essa questão. Ele administrou muito bem o Estado, construiu escolas, fez concurso, abriu novas unidades de saúde, e isso em uma época dura para a economia nacional. Muita coisa precisa ser feita? Claro! Mas muito se fez durante suas duas gestões".

Impugnação de Ronaldo Lessa
"Estamos muito otimistas, e posso afirmar que o povo também está imerso nesse clima. Fizemos uma caminhada no Jacintinho antes de ontem e fomos recebidos com muito entusiasmo. Acho que foi um tiro no pé [a impugnação], como diz o adágio popular; agora o povo vai lutar com mais afinco para garantir o direito de votar no Ronaldo. Respeito todos os poderes do Brasil, o Judiciário, o Executivo e o Legislativo; juridicamente eu não discuto, por essa parte é responsável um excelente advogado, o dr. Marcelo Brabo. Estou falando da batalha política. Sei que há muita política envolvida para impedir Ronaldo Lessa de ser candidato, há muita pressão sendo exercida na sociedade e no meio jurídico. É como se quisessem retirar um bom jogador da partida sem que ele tivesse, ainda, entrado em campo".

Voto único para o Senado
"Eu acredito que o alagoano tem o direito de votar em dois senadores, é uma conquista democrática importante. Ao contrário do que estão falando, não se pode votar duas vezes na mesma pessoa; se isso ocorre, o segundo voto é anulado automaticamente. E aí você causa uma bagunça na disputa eleitoral, podendo até fazer com que um primeiro se eleja com mais de um milhão de votos, e o segundo com uma votação inexpressiva, o que é um perigo. É induzir ao erro".

Consciência política e coronelismo
"Infelizmente ainda ocorrem casos de intimidação, violência ou voto comprado ou mandado, mas a consciência política do povo está mudando visivelmente. Antes, a pessoa pegava o santinho do candidato e perguntava: “é para votar nesse homem, né?”. Agora ela quer saber quem é ele, quem apoia, se está com o Lula. Estou vendo isso na campanha".

Compra de voto
"Você mesmo disse que eu sou um otimista histórico. Então eu acredito que cada vez menos pessoas estão vendendo o voto. É preciso votar em quem tem serviço prestado a Alagoas, não em quem está dando dinheiro – que nem dele é, é o seu, que ele pega de você e depois devolve, porque aquilo é dinheiro do contribuinte. Ninguém achou botija enterrada, achou? Todo mundo sabe quem é quem em Alagoas, quem trabalhou e trabalha para o estado, quem tem opinião e independência. Vote naqueles que vão mudar e serão referência. Não cometa um crime contra você próprio, não permita que outras pessoas subam na vida pisando nas suas costas. Vote com consciência, com dignidade. Estou fazendo um apelo independentemente de frente partidária ou sigla, esse é meu dever cívico, acredite nesse projeto que o Brasil está dando certo, e que Alagoas também vai dar".

Recursos
"Há muita gente que fala demais e não traz nada para Alagoas. É preciso que vocês elejam senadores que tenham compromisso e identificação – no caso, entre eu, se for eleito, e a Dilma, se for eleita presidente, será muito melhor, porque eu não serei oposição. Mas é preciso trazer recurso para Alagoas, para a saúde, para a educação. Esse é o papel do Senador, é fundamentalmente esse, além de algumas tarefas legislativas de República brasileira. Você não pode eleger um senador que passe oito anos falando, batendo papo, blá blá blá, e não traz nada. Temos que ter responsabilidade com cada município – não com o prefeito, com o povo mesmo".

Relações internacionais
"Tive a honra de trabalhar no mesmo andar do presidente Lula, como vice-ministro de Coordenação Política. O Brasil antigamente só tinha relação com os Estados Unidos, hoje ampliou de tal forma que quando os EUA entraram em crise ele não entrou – foi essa uma das razões".

Fonte: JC On Line