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Crescimento da China ajuda América Latina, diz Moody's

O forte crescimento da economia chinesa nos últimos tempos beneficia os países da América Latina, cujas classificações de dívida poderiam elevar-se "no futuro" graças a isso, segundo a agência Moody's.

A empresa de classificação de risco divulgou nesta 5ª feira um relatório elaborado por seu analista Sergio Valderrama no qual observa o extraordinário crescimento da demanda chinesa por produtos latino-americanos.

Na última década as importações chinesas de matérias-primas procedentes da América Latina aumentaram a taxas anuais superiores a 20%. Em 2009, o gigante asiático transformou-se no maior parceiro comercial do Brasil.

Commodities em alta

A China já é um dos mercados mais importantes da região. Está entre os três principais destinos das exportações da Argentina, Brasil e Venezuela.

Valderrama detalhou que o crescimento da economia chinesa provocou uma alta de preços das commodities (matérias-primas), circunstância que beneficiou a maioria dos países exportadores da América Latina, tornando-os mais resistentes a possíveis problemas econômicos.

Acumulando reservas

O autor do relatório diz que, ao contrário do ocorrido em outras épocas, quando apesar dos elevados preços das matérias-primas a América Latina seguia endividando-se, "no período recente, vários governos aproveitaram os altos preços para reduzir seus níveis de dívida, acumular ativos financeiros e aumentar as reservas internacionais". O Brasil se destaca neste sentido, pois suas reservas se aproximam de meio trilhão de dólares.

Para o analista, esta mudança demonstrou que a região estava em melhor posição para enfrentar a crise econômica de 2009 e que isto "fortaleceu sua qualidade creditícia" e poderia "levar a melhorias nas classificações".

Da redação, com agências