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Secom desmascara Folha ao revelar objetivo de filmagens

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) contestaram nesta segunda-feira (20) duas "matérias" publicadas pelo jornal "Folha de S.Paulo" sobre suposto uso da "máquina pública" para favorecer a campanha de Dilma Rousseff ao registrar em vídeo a participação do presidente Lula em comícios da candidata.

As notas esclarecem com simplicidade a questão ao informar que o registro das falas públicas do presidente sempre fez parte da função da Secom para preservação de arquivos que tenham valor histórico. Os esclarecimentos revelam que o jornal ou agiu de má fé ou desconhece informações básicas sobre o funcionamento do governo. É mais um episódio que ajuda a desnudar a parcialidade e o péssimo jornalismo praticado pela Folha de S. Paulo.

A lei de criação da EBC atribuiu à empresa a tarefa de documentar a atuação pública do presidente da República, seja para transmissão ao vivo na TV NBR, seja para o acervo histórico da Presidência da República, conforme nota oficial da EBC. A empresa informou que tem a Secom entre seus clientes e que foi orientada a continuar documentando todos os atos públicos do Presidente da República.

Em nota, a empresa informou ainda que, em atos de natureza eleitoral, a NBR não transmite nem distribui as gravações a outras emissoras de televisão, como ocorre com as imagens dos atos oficiais.

A Secom esclareceu que, ao contrário do que a reportagem afirma, a EBC não foi instruída a gravar os comícios de Dilma, mas apenas a fazer o registro de todos os pronunciamentos do presidente para preservação de arquivos que tenham valor histórico. A nota informa ainda que as gravações não se destinam à divulgação, nem foram cedidas a qualquer campanha.

Veja abaixo a íntegra da nota da Secom:

A respeito da manchete do jornal Folha de S. Paulo de hoje (20/09), “Planalto manda TV estatal filmar comícios de Dilma”, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República esclarece:

1. A manchete está errada. A NBr, canal de comunicação do governo, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em contrato de prestação de serviços com a Secom, não foi instruída a gravar “comícios de Dilma”, mas sim as falas do presidente da República. É importante esclarecer que é missão da Secom manter registros de todos os pronunciamentos do presidente da República. Com isso, não só se assegura a preservação de arquivos que têm valor histórico, como se facilita a correção de possíveis erros de terceiros na divulgação dos discursos do presidente.

2. As gravações não se destinam à divulgação nem foram cedidas a qualquer campanha. Isso fica claro na orientação dada aos cinegrafistas, reproduzida pelo próprio jornal. Diz ela: “O objetivo é somente ter um registro, gravando as ações do presidente e os discursos”. E complementa: “Este conteúdo não é para ser usado na nossa cobertura, nem mesmo para ser gerado para as emissoras. É apenas para registro”. Apesar disso, a Folha dá a entender, sem qualquer prova, que elas poderiam estar sendo “encaminhadas ao comitê de Dilma ou utilizadas na propaganda eleitoral”. Trata-se de uma insinuação leviana.

3. Não houve qualquer utilização da máquina pública em favor desse ou daquele candidato. As gravações não foram cedidas a nenhuma campanha. O material é de uso da Presidência da República. Lamentamos que atividades institucionais regulares da Secom sejam tratadas de forma suspeita, em tom escandaloso.

4. Cabe registrar que a Folha errou ainda na identificação da foto da primeira página do caderno Eleições que vem acompanhada da legenda “Eleitoral – À noite, o cinegrafista filma comício com Dilma e Lula”. A foto publicada não é de nenhum comício, mas de um evento realizado à tarde, na Universidade Federal de Juiz de Fora, numa programação oficial do Presidente da República.